A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizará homenagens a Celso Furtado, que destacarão a sua importância para o desenvolvimento econômico do Estado. Este ano, instituído como o “Ano Celso Furtado” na Paraíba, marca o centenário dele, que foi um dos maiores economistas brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país. Com isso, a TV da ALPB vai exibir uma programação especial durante toda a semana.
Neste domingo (26), a TV da Assembleia exibirá documentário: Mestre Furtado – Um Regionalista Além dos Sertões, que conta a trajetória pessoal e profissional do economista. Na sexta-feira (31), será realizada uma sessão especial em comemoração ao centenário de Furtado.
As homenagens também terão espaço nas redes sociais do Legislativo Paraibano com postagens sobre a história e curiosidades do economista. A sessão especial será realizada por meio de sistema de videoconferência, às 9h, e contará com a presença dos deputados, familiares, amigos e estudiosos da área econômica, que vão ressaltar a importância de Celso Furtado, que se estivesse vivo completaria 100 anos neste domingo (26).
“Vamos participar dessa sessão com a maior satisfação, com a maior boa vontade, pois é uma grande honra para todos nós registrar na história do Poder Legislativo uma homenagem a esse grande paraibano, que marcou o nosso país com a seu profissionalismo”, destacou o presidente da Casa, Adriano Galdino.
A deputada Pollyanna Dutra, autora da propositura, ressaltou a relevância do economista para o país. “Ele conheceu a crueza do inóspito Sertão Paraibano, vivendo na pele suas dificuldades, como a seca. Isso aguçou sua sensibilidade no desenvolvimento de pensamentos voltados para a região”, disse. A parlamentar integra o Fórum Celso Furtado de Desenvolvimento da Paraíba e é autora da lei 11.505/2019, que institui 2020 como “Ano Celso Furtado”.
Programação TV AL – A TV Assembleia vai exibir um documentário, neste domingo (26), às 19h, em homenagem ao ano de centenário do economista. O vídeo, que conta a trajetória pessoal e profissional do economista, foi produzido pela equipe da TV ALPB e tem direção e roteiro do jornalista Eri Alves, produção de Carlos Toca e Wellyton Queiroz. O material também será exibido em uma versão compacta, durante a sessão especial da Casa.
A TV Assembleia exibe ainda o “Programa Impressões” numa versão especial sobre Celso Furtado. O primeiro programa, que será exibido na segunda-feira (27), às 19h, traz entrevistas com os economistas Celso Mangueira e André Tosi Furtado, filho de Celso Furtado.
Já o segundo “Programa Impressões Especial – Celso Furtado” será exibido na terça-feira, às 20h, e vai conversar com a participação da deputada Pollyanna Dutra, conterrânea e autora da sessão especial e o historiador José Octávio. O telespectador pode acompanhar a TV Assembleia através do canal 40.2 (TV aberta) 14.2 (Patos e Região – TV aberta), pelo canal 11 na net e 340.2, na Sky, GVT e Claro.
Sobre Celso Furtado
Celso Monteiro Furtado foi um economista brasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país ao longo do século XX. Suas ideias sobre o desenvolvimento econômico e o subdesenvolvimento enfatizavam o papel do Estado na economia, com a adoção de um modelo de desenvolvimento econômico de corte pré-keynesiano. Nascido em Pombal, se estivesse vivo Celso Furtado completaria 100 anos neste domingo (26).
Celso Furtado foi doutor em economia da Universidade de Paris-Sorbonne em 1948. Integrou a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão das Nações Unidas, em 1949; foi diretor do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico em 1953; fundador da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, em 1959; e foi nomeado o primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, em 1962.
Em 1964, perdeu os direitos políticos devido ao Ato Institucional n° I, durante a ditadura. De 1964 a 1979, viveu no exterior, foi pesquisador graduado do Instituto de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale, foi professor efetivo de Economia do Desenvolvimento e Economia latino-americana na Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da Sorbonne, e também visitou diversos países em missão das Nações Unidas.
Celso também foi ministro da Cultura, durante os anos de 1986 a 1988. Em 2004, o economista morreu no Rio de Janeiro, devido a um ataque cardíaco.