Viúva de autor do hino popular do Botafogo-PB processa clube por danos morais e materiais; ação cobra R$ 500 mil

A viúva de Jader Pordeus, autor do hino popular, o mais famoso do Botafogo-PB, entrou com uma ação judicial contra o clube por uso indevido da obra do seu marido na apresentação oficial do elenco do Belo em um shopping de João Pessoa em dezembro de 2019. No processo movido por danos morais e materiais, a senhora Estelita dos Santos Pordeus, pede uma indenização de R$ 500 mil ao alvinegro da estrela vermelha.

De acordo com o processo, dado entrada em dezembro de 2019, a diretoria do Botafogo utilizou sem qualquer autorização do herdeiros do autor do hino uma versão modificada da marchinha que ficou popularmente conhecida como hino do Belo.

“Em recente apresentação do Clube, ocorrido em um shopping desta capital, no dia 09/12/2019, fora apresentado este hino com severas modificações, sem que existisse qualquer autorização por parte da família do Sr. Jader, vez que estes agora são os detentores do direito do hino por ele criado. O clube, por livre vontade, substituiu onde consta ‘tricolor’ por ‘alvinegro’, frise-se, sem qualquer autorização da viúva/autora. Esta mudança veio a abalar profundamente o psicológico da Autora, que sempre prezou pela honra e memória do seu esposo, que tanto tinha orgulho por ter elaborado tal hino”, afirma no processo os advogados da família do autor.

Ainda de acordo com a ação judicial, tanto a viúva de Jader Pordeus, quanto os demais herdeiros, estão recebendo várias ligações, insistentemente sendo procurado por atuais dirigentes do clube para que autorize a mudança, sofrendo, inclusive, pressões psicológicas, que caso não autorize, vão mudar o hino oficial.

“A requerente é pessoa idosa, que busca honrar e guardar o legado deixado por seu marido, apaixonado pelo clube paraibano, que deixou como maior herança um belíssimo hino ao time que torcia, e a autora não cederá às constantes investidas feitas pelos dirigentes que não zelam pela história do clube”, enuncia a ação.

No processo, a família de Jader Pordeus pede uma indenização por danos morais de R$ 500 mil e uma outra por danos materiais, por terem se apropriado, modificado e veiculado uma versão do hino feito por ele sem autorização dos detentores dos direitos autorais, mas essa indenização a ser definida pelo juiz.

A diretoria do Botafogo-PB tem conhecimento da ação desde o início deste ano, mas permaneceu em silêncio sobre o caso. Inclusive, o fato do presidente Sérgio Meira ter autorizado que torcedores falassem em nome do clube, em mais uma episódio de amadorismo, prejudicou ainda mais o clube nessa aventura jurídica.

A audiência foi marcada para ser realizada no dia 30 de março, porém, por conta da pandemia, a Justiça da Paraíba decidiu proceder com o adiamento, e ainda não foi definida nova data.

O Botafogo Futebol Clube, que vive situação financeira delicada, tendo que assumir com custos variados dos erros administrativo, decisões falhas no departamento de futebol, pode ter que arcar com mais uma dívida por puro amadorismo e falta de experiência da diretoria executiva.

0884390-23.2019.8.15.2001

Fonte: [email protected]

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