Aumento do uso de telas pode contribuir para surgimento de melasma

O surgimento de manchas na pele traz sempre uma preocupação, seja pelo viés dos impactos que estas podem causar à saúde ou pelo fator estético. Porém, o surgimento dessas manchas por toda parte do corpo é comum e trata-se de uma desordem da pigmentação onde há uma produção anormal da melanina que se acumula na pele dando uma coloração acastanhada na pele e que é conhecida como melasma.

Apesar de o sol ser o principal vilão para o aparecimento dessas manchas, a dermatologista do Hapvida em João Pessoa, Marcela Vidal, afirma que outros fatores contribuem para o surgimento do melasma, sobretudo, nesse período em que a utilização do uso de telas aumentou. “Atualmente observou-se que a luz branca de computadores e lâmpadas e o calor (infravermelho) emitido por forno ou mesmo ir à praia, mesmo que fique à sombra também podem contribuir para a piora. Mas o sol ainda continua sendo o maior vilão”, frisa.

Além dos fatores apresentados acima, a dermatologista afirma que existem outros que contribuem para o melasma e englobam questões genéticas, hormonais (gravidez e uso de pílula anticoncepcional). “Existem fatores genéticos porque algumas pessoas têm melanócitos mais ativos; hormonal porque os estrogênicos da gravidez e da pílula predispõem a maior atividade dessas células que produzem melanina. Já a luz branca domiciliar composta de diversas cores e dentre essas a azul consegue penetrar e estimular a produção de melanina em excesso pelos melanócitos”, explica.

A especialista trata como luz domiciliar aquelas oriundas de aparelhos celulares, computadores, abajur, ferro de passar roupa e tantas outras que fazem parte do dia a dia das pessoas. Mas, ela ressalta que as áreas mais acometidas são as expostas ao sol. “A face é a mais frequente, mas também existem os melasmas extra faciais em V do decote ou braços”, exemplifica.

Marcela Vidal afirma que para se proteger melhor o ideal é reaplicar o protetor solar a cada duas horas e que este tenha uma barreira física contra a luz visível, que é o pigmento de cor marrom que é adicionada aos protetores tipo “base”. Além disso, a dermatologista assegura que o melasma é uma dermatose crônica. “Não há uma cura ou tratamento milagroso que seja capaz de eliminá-lo sem chance de recidiva. De forma geral se o paciente interrompe o tratamento e relaxar nos cuidados com a proteção solar ele tende a retornar”, pondera.
A especialista ressalta que o tratamento é feito com creme despigmentantes, mas pode ser associados a procedimentos como peelings, laser, microagulhamento. “Tudo deve ser acompanhado por profissional experiente sob risco de piora da mancha devido ao potencial irritante de alguns tratamentos”, reforça.

Assessoria de Imprensa
Múltipla Comunicação

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