Com o avanço dos casos e aumento de internações por covid-19, a região da Grande São Paulo, o que inclui a capital paulista, regrediu de fase, passando da Fase 3-Amarela para a Fase 2-Laranja. Com isso, bares não poderão abrir para atendimento presencial. Além disso, o horário de funcionamento do comércio passa de 12 horas por dia para apenas oito horas.
Na etapa Laranja, o funcionamento dos serviços não essenciais é limitado a até oito horas diárias, com atendimento presencial máximo de 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido nessa fase, mas é permitido o funcionamento presencial se o bar operar como um restaurante, somente servindo refeição.
Além da Grande São Paulo, outras cinco regiões do estado regrediram de fase. As regiões de Registro, Sorocaba e Campinas passaram da Fase 3- Amarela para a Fase 2- Laranja. Já as regiões de Marília e de Ribeirão Preto passaram da Fase 2-Laranja para a Fase 1-Vermelha e só poderão manter em funcionamento os serviços considerados essenciais.
A região de Piracicaba foi a única a evoluir, passando da Fase 2-Laranja para a Fase 3-Amarela.
A Fase Amarela permite 40% de ocupação em academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais, com expediente de até dez horas diárias para restaurantes e 12 horas para as demais, mas o atendimento presencial deve ser encerado até as 22h, com exceção dos bares, que devem fechar às 20h. Eventos que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidos.
As demais regiões do estado mantiveram suas classificações.
Com isso, apenas três regiões do estado estão na Fase 3- Amarela: Piracicaba, Baixada Santista e Araçatuba. Outras seis regiões estão na Fase 1- Vermelha: Presidente Prudente, Marília, Bauru, Araraquara, Ribeirão Preto e Barretos.
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.
Casos
O estado de São Paulo vem registrando um grande avanço da pandemia pelo estado e, durante toda esta semana, bateu recordes no número de pessoas internadas em estado grave. Hoje (26), esse número somou 6.767 pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTI), maior número desde o início da pandemia. Em julho do ano passado, que era considerado o pico da pandemia até então, esse número estava em 6.250, o que demonstra que o estado enfrenta agora o seu pior momento.
Durante essa semana epidemiológica, que só vai ser encerrada amanhã (27), o estado já vem registrando aumento de 6% no número de casos, com média móvel diária de 9.117 casos da doença. “Esse número de casos ainda pode ser maior por dois motivos: ainda não acabamos a semana epidemiológica e pode haver dados represados”, disse o secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn.
O número de novas internações vem crescendo 13%, com média de 1.740 internações por dia; e o número de óbitos vem registrando aumento de 4%, com média diária de 231 mortes.
Além do crescimento de internações, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo vem notando que a situação dos pacientes do novo coronavírus, neste momento, está evoluindo de forma mais grave. No pico da pandemia, em julho do ano passado, 40% dos pacientes internados no estado estavam em UTIs. Nesse momento, do total de internados, 46% dos pacientes estão em estado grave. “Estamos internando mais em unidades de terapia intensiva do que antes”, disse Gorinchteyn.
Hoje, dia que se completa um ano do primeiro caso registrado no Brasil, o estado de São Paulo somou 2.026.125 casos confirmados do novo coronavírus, com 59.129 óbitos. O estado demorou de fevereiro a outubro para registrar seu primeiro 1 milhão de casos [marca atingida no dia 3 de outubro), mas agora, em apenas quatro meses (entre novembro e fevereiro) registrou essa mesma cifra, o que demonstra que a pandemia está crescendo em ritmo mais rápido nesse momento. “Estamos fazendo o nosso melhor, mas tudo tem limite. Temos risco de colapsar [o sistema de saúde]. A população, mais do que nunca, tem que acolher os nossos chamados e pedidos [de usar máscara e evitar aglomerações e sair de casa]”, disse Gorinchteyn.