Com a pandemia de Covid-19 tem sido um grande desafio promover um ensino da qualidade diante de tantas adversidades. Ciente disso, a Prefeitura de João Pessoa tem feito de tudo para minimizar os efeitos a população, inclusive na Educação, e vem ofertando aos matriculados na rede municipal aulas no formato remoto. Os estudantes com algum tipo de deficiência, que já têm uma dificuldade a mais neste processo, estão recebendo um apoio especial, com assistência de uma equipe pedagógica para auxiliá-los na aprendizagem.
De acordo com a Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), dos pouco mais de 70 mil estudantes matriculados na rede municipal de ensino neste ano, 2.154 alunos têm algum grau de deficiência, seja ela auditiva, física, intelectual e visual, ou algum tipo de transtorno mental como Autismo e Síndrome de Tourette, por exemplo.
Para prestar uma educação de qualidade aos alunos com deficiência, a Prefeitura de João Pessoa disponibiliza uma equipe pedagógica com mais de 300 profissionais nas escolas e Centros de Referência em Educação Infantil (Creis). A equipe conta com professores, cuidadores, instrutores e intérprete de libras, entre outros profissionais.
“Os alunos com deficiência são inseridos nas escolas e nos Creis e lá eles têm os mesmos direitos, igualmente a todos os alunos. Eles são matriculados na sala regular, contam com professores da rede regular e quando há a necessidade de um cuidado especial, solicitamos o auxílio de profissionais como cuidadores e intérpretes de libras, além de professores de atendimento educacional especializado. A partir daí, esses profissionais vão acompanhar o aluno durante toda a caminhada na rede municipal de ensino”, explicou a chefe da Divisão de Educação Especial da Sedec, Rejane Lira.
Neste período de aulas remotas devido à pandemia de Covid-19, a equipe pedagógica tem tido um cuidado especial com os alunos com deficiência. As aulas estão sendo realizadas através das plataformas como Google Meet e Zoom. Além disso, o aplicativo WhatsApp é muito utilizado por facilitar o contato com os familiares dos alunos, que são primordiais neste processo. Também há a distribuição de materiais impressos nas escolas, de acordo com as especificidades de cada estudante.
“No caso dos alunos da educação especial, o professor faz esse atendimento especializado voltado para as necessidades de cada um. O professor proporciona esse apoio e busca por atividades de inserção, e são orientados a fazer dois atendimentos por semana para cada aluno, cada um com duração de 45 minutos. Durante esses atendimentos, eles vão identificando as dificuldades que as crianças têm e buscam alternativas para poder saná-las no processo educacional”, contou Rejane.
Profissionais dedicados – O trabalho não tem sido fácil, mas a Sedec treinou a equipe para desempenhar uma educação de qualidade. É o caso da professora Gabriela Heredia, que trabalha na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Hugo Moura, no bairro Padre Zé. Ela tem feito o acompanhamento especial para potencializar o processo de aprendizagem de seus alunos.
“Está sendo um desafio enorme, mas acredito que o mais importante nesse momento é trazer a família para perto da gente, porque isso é essencial nesse processo. Semanalmente tenho atendido aos alunos por vídeo chamada no WhatsApp e utilizamos os recursos pedagógicos com eles. Também aproveito para conversar com responsáveis a respeito das tarefas dos professores da sala de aula regular, para saber se eles estão acompanhando, se as flexibilizações estão proporcionando um melhor aprendizado, um melhor entendimento sobre o conteúdo”, contou.