O câncer de mama responde por um a cada quatro tumores em mulheres. Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) apontam que o Brasil terá cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama este ano, representando 29% de todos os tumores no sexo feminino.
No Outubro Rosa, mês que chama atenção para o combate à doença, a mastologista do Sistema Hapvida em João Pessoa, Josivânia Felipe Santiago, destacou a importância do diagnóstico precoce, que pode assegurar até 95% de cura do câncer de mama.
“O diagnóstico precoce é o único meio de se conseguir reduzir a mortalidade pelo câncer de mama. Com ele conseguimos oferecer tratamentos menos agressivos, melhor qualidade de vida e potenciais chances de cura. O autoexame é um meio de autoconhecimento do próprio corpo da mulher”, esclarece.
A mastologista explica que o diagnóstico pode ser obtido por meio de exame clínico, mamografia, ultrassonografia e biópsias. Sendo a mamografia o melhor método de diagnóstico para o câncer de mama. “Para prevenção e rastreamento e como meio de diagnóstico de pacientes sintomáticos. É importante ressaltar que a radiação da mamografia é muito pequena para causar câncer. Portanto, nesse sentido, não há motivos para medo”, tranquiliza.
Com relação à frequência de consultas com mastologistas, não existe uma idade específica. Segundo Josivânia Felipe Santiago, mulheres de qualquer idade podem realizar consultas com mastologistas. Porém, recomenda que pacientes sem sintomas realizem consultas anuais e, de preferência, a partir de 30 anos.
Diagnóstico Precoce x Pandemia – A mastologista do Sistema Hapvida reforça que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus contribuiu para que mais mulheres deixassem de realizar o acompanhamento que auxilia no diagnóstico da doença. “Vários casos avançados de câncer surgiram nesta época com relatos de que não procuraram o mastologista pois estavam sem poder sair de casa, com medo”, disse Josivânia.
Tratamento e Prevenção – Por mais assustador que seja receber o diagnóstico de um câncer, a especialista reforça que a medicina atua com procedimentos que possibilitam o tratamento da doença e lembra que esse tratamento está relacionado ao estágio da doença. “O tratamento pode ser cirúrgico, quimioterápico, radioterápico, hormonal e com terapias alvo. Vai depender do estágio em que a doença se encontra e do tamanho e tipo do tumor”, reforça.
Josivânia Felipe Santiago lembra que a prevenção do câncer pode ser feita a partir do conhecimento dos fatores de risco que levam à doença e buscando eliminá-los ao máximo. “Alguns destes fatores são: obesidade, tabagismo, alcoolismo, inatividade física, irradiação, não amamentação, idade tardia do primeiro filho, reposição hormonal na menopausa, entre outros”, elenca.
Mais Informações – De acordo com o Inca, o câncer de mama é uma doença rara em mulheres jovens e sua incidência começa a ser mais expressiva a partir dos 40 anos. A maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos. Homens também desenvolvem câncer de mama, mas estima-se que a incidência nesse grupo representa apenas 1% de todos os casos da doença.
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Assessoria de Imprensa
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