As escolhas dos caminhos à serem trilhados na vida podem trazer bons frutos, como também tristezas. São escolhas que cada um tem que ter a consciência de que ao fazê-las estará sujeito a geografia do percurso.
Feita a opção, obviamente, que não podemos nos enfrentamentos das dificuldades colocarmos a culpa da vivência das dores em fulano ou em sicrano, pois, assim, configurar-se-ia uma espécie de vitimização. Mas, sabemos que muitos preferem agir assim, já que é mais fácil jogar a culpa e atribuir seus desencantos aos outros, em vez de ter a grandeza de reconhecer o equívoco, a capacidade de bater a poeira e perceber que não se pode persistir no erro, pois a maturidade advinda dos ensinamentos da vida, estabelece a razão da prudência e da escolha de um novo caminho na busca do amor e da paz.
É preciso saber que somos donos do nosso destino a ser perseguido. Temos que ter a consciência que, se erramos na escolha da vereda, o melhor caminho é o da humildade, reconhecendo o erro e saber que nem sempre a felicidade será encontrada pelas estradas indicadas pelo coração. Se o amor habita o coração, a paz por sua vez nem sempre decorre dele. Devemos em nome do equilíbrio ouvir também as orientações da razão.
Nessa equação, o difícil é que muitos pensam que podem fazer e acontecer, pouco se preocupam se seus atos prejudicam ou não seus semelhantes. O que importa é está bem, os outros, são os outros. Imaginam que nunca morrem e que possuem todo o tempo do mundo. Ledo engano, a vida segue, daí porque, quando se olha para o retrovisor uma vida toda já se foi e, talvez não se encontre mais tempo para outas escolhas.