A lei do retorno

Somos egoístas e as vezes agimos ou ficamos inertes, sem nos dar conta dos estragos que podemos causar aos outros. Com isso, emergem situações desconfortáveis que podem ferir brutalmente corações amigos.

Antes de agirmos ou de covardemente nos omitirmos, devemos refletir pelo menos por uns dez segundos, procurar alcançar efetivamente os efeitos que podemos causar aos nossos semelhantes. Há um ditado que diz: Quem bate esquece, mas quem apanha jamais esquece. É nesse rumo que magoamos pessoas e, o tempo passa e ficamos, equivocadamente, com a certeza de que nada fizemos. Ledo engano, pois as cicatrizes muitas vezes demoram a desaparecer e o próprio tempo, de uma forma ou de outra, se encarrega de devolver os males que causamos. É a lei do retorno.

Temos que compreender que no materialismo a felicidade mostra-se palpável, mas, ao mesmo tempo, é frágil e facilmente devorada. É preciso ter a consciência de que cada um de nós temos uma importante participação da edificação do futuro da humanidade. É indiscutivelmente eficaz para a paz no mundo que o homem busque sempre praticar a solidariedade, inclusive, como forma de preparar um futuro melhor para as próximas gerações.

Não devemos esquecer a sentença de que: “Hoje comigo, amanhã contigo”. É aquela velha história: nada melhor do que uma noite no meio e um novo dia para recomeçar”. O incrível é que quando atravessamos situações difíceis, hipocritamente passamos a questionar até Deus: O que fizemos para merecer tantas dificuldades? Em instantes como esses, de extremas dificuldades, o ser humano em vez de reclamar, deve contabilizar seus pecados e buscar no silêncio da própria alma, a solução precisa, pois todas as respostas que procuramos estão dentro de nós mesmos.

Onaldo Rocha de Queiroga é natural de Pombal, formou-se em Direito em 1987, ocupando diversos cargos na área, em várias cidades paraibanas. Atualmente é juiz da 5ª Vara Cível de João Pessoa e ocupa o cargo de juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ingressou na literatura com o livro Esquinas da Vida e prosseguiu com Baião em Crônicas, Reflexões, Por Amor ao Forró, Crônicas de um Viajante, Meditações, Monólogos do meu Tempo; Efeitos, Homíneos e Naturais.

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