“Os Anjos de Eliézer”

A primeira peça de teatro que vi, foi “Os Anjos de Augusto”. Tinha acabado de chegar em João Pessoa e, por incentivo da minha nova vida na capital – faculdade, novos amigos, todos ligados à arte, lá fui eu. Não lembro a data exata, mas, de uma coisa nunca vou esquecer: o encantamento que me arrebatou naquele espetáculo, apresentado no Teatro Santa Roza.

Saí dali apaixonada… por Augusto dos Anjos, pelos atores maravilhosos, pelo teatro, pelo palco, cadeiras, cortinas, lustres, por tudo. Absolutamente tudo. Além da paixão, saí na companhia de uma pergunta: como poderia, ter alguém, neste planeta, com uma sensibilidade tamanha, capaz de fazer o outro sentir tanto encantamento?

E a resposta era Eliézer Rolim, o diretor do espetáculo “Os Anjos de Augusto”.

E, depois, veio o espetáculo “Como nasce um cabra da peste”. Imagine o que significava pra uma jovem sertaneja, entupida de vontade de voltar pra sua terra, vê no palco a representação do seu sentimento mais genuíno, naquele momento, chamado saudade?

Novamente, a resposta era Eliézer Rolim, que levou pra sua obra a vivência no sertão.

O filme “Beiço de Estrada”, é baseado em fatos ocorridos no tempo em que morou no sítio São José, onde viveu sua infância. Não deu outra. Me emocionei o tempo todo. Pelo enredo, trilha sonora e, apesar da realidade tão difundida como a peleja do sertanejo, por não ser óbvio e, novamente, me causar encantamento. Quem seria o responsável por “espalhar” fascínio, em forma de arte?

De novo, Eliézer Rolim, meu vizinho de sertão. Ele, cajazeirense e eu, pombalense!

Mas, e agora? Após as cortinas se fecharem, meu encantamento se transforma em agradecimento por ele ter compartilhado a sua arte. E o meu desejo é que, neste momento, esteja protegido pelos “Anjos de Eliézer”.

Instagram:
@_romye

O humor sempre esteve presente na minha vida. Desde criança. Afinal, sou filha de pais bem munganguentos. Até hoje, pra onde me bulo, vejo uma coisa engraçada. Mesmo nos momentos mais sérios. Há oito anos, resolvi “empacotar” esse humor orgânico e botar “à venda”, em forma de standups, textos, crônicas, podcasts e vídeos postados nas redes sociais. No insta: @_romye e no youtube: Romye Schneider. Divido tudo isso, com o jornalismo, profissão que amo e exerço há 30 anos.

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