Artesanato tem oficinas, feira e seminário internacional no Festival de Verão

Lucilene Meireles

O artesanato é um segmento que, por sua riqueza e diversidade, contribui para que João Pessoa seja uma Cidade Criativa. Durante o Festival de Verão Cidades Criativas, realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest), será apresentada uma multiplicidade de criações artesanais feitas por muitas mãos. Os produtos estarão expostos na Feira Criativa de Verão, que acontece no Largo de Tambaú, entre os dias 17 e 20 de março, das 16h às 22h. A programação conta ainda com um seminário internacional.

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, exaltou a importância do segmento. “O artesanato é o elemento que projetou João Pessoa para conquistar o selo ‘Cidade Criativa’ e vem sendo potencializado na gestão do prefeito Cícero Lucena”, comentou.

“João Pessoa é, até o momento, a única das doze cidades brasileiras da Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco do segmento artesanato e arte popular, projetando a imagem de uma cidade que prioriza a atividade criativa e um bom lugar para se viver e trabalhar, atraindo capital financeiro e humano de qualidade”, declarou a diretora de Economia Criativa da Sedest, Marianne Góes.

Ela enfatizou que o Festival de Verão Cidades Criativas servirá para criar novos laços de cooperação e intercâmbio, permitindo um incremento da autoestima da população criativa local. “Também vai induzir ações transversais e colaborativas do artesanato com os outros segmentos da Economia Criativa, criando assim uma dinâmica virtuosa de crescimento”, avaliou.

Seminário – Com o tema ‘Políticas Públicas para Artesanato’, o seminário acontece no dia 16, no auditório do Sebrae, das 15h às 17h. “Como destaque da programação, podemos elencar o Seminário Internacional Políticas Públicas para o Artesanato, que contará com a participação de representantes do Conselho Mundial de Artesanato da América Latina e Espanha, uma oficina de Design no Artesanato, Feira Criativa No Balaio e a Exposição São José Artesão e Padroeiro”, destacou Marianne Góes

Feira Criativa – A feira terá artesanato, mas também outros segmentos como moda, gastronomia, além de produções locais criativas e inovadoras. Também haverá a Oficina Criativa de Design no Artesanato, com Laila Assef (Trancoso/BA), Tulio Paracampos (Fortaleza/CE), Érico Gondim Oliveira (Fortaleza/CE) e Renata Gadelha (João Pessoa/PB), de 15 a 19/03, no Celeiro Espaço Criativo, das 9h às 17h.

“Esses convidados vão trabalhar com artesãos para que eles possam ter um novo olhar sobre suas produções e diversificarem os produtos”, frisou Marianne Góes.

Ela citou como exemplo, as Sereias da Penha, que trabalhavam as escamas de peixe apenas com biojoias. Elas passaram pela primeira etapa da oficina e, a partir de então, ampliaram sua produção. Agora, além das biojoias, elas manufaturam objetos de decoração como luminárias, adornos para porta.

Os designers vão trabalhar com os artesãos em várias tipologias como couro, cerâmica, mariscos e escamas, patchwork, crochê. “Nós entramos na rede em 2017 pelo segmento artesanato e arte popular, mas independentemente disso, conversamos com outros segmentos. Entendemos que é necessário trabalhar essa transversalidade com outras áreas criativas”. Ela ressaltou que existem vários projetos bem sucedidos. com design e artesanato

“Precisamos trabalhar o artesanato de identidade cultural, que está se acabando. É preciso entender a questão da matriz cultural, da gente se inspirar no que é nosso, é relevante e traz o sentimento de pertencimento. Por outro lado, não podemos deixar de trazer uma cara inovadora para esse talento”, observou Marianne, que é ponto focal na Rede Mundial de Cidades Criativas da Unesco.

Fazer parte da Rede, segundo ela, é uma oportunidade de compartilhar, fazer intercâmbio dos talentos locais com os de outros lugares e não apenas colocar como vitrine para quem está na cidade. João Pessoa é a única cidade do Brasil a estar na Rede como Artesanato e Arte Popular.

“Recebemos um convite da China agora para enviar trabalhos de artesãos, e outro de Brasília, onde acontece uma feira de artesãos. Estar numa rede dessa nos propicia compartilhar as melhores práticas e um intercâmbio com mais de 290 cidades no mundo, em 90 países”.

Fotos- Funjope/Divulgação

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