A criação de abelhas nativas sem ferrão ou meliponicultura vem se firmando como uma cadeia produtiva de destaque na Paraíba, cuja atividade está em ascensão em diversas regiões e municípios do estado, com expressivo rendimento financeiro. O Projeto Cooperar, por meio PB Rural Sustentável (Subcomponente 2b, Tecnologias Sociais), tem procurado fortalecer essa cadeia produtiva, objetivando uma produção de mel com qualidade e originalidade, no âmbito das famílias de agricultores familiares.
Os produtores familiares demonstram interesse e já recebem a visita dos técnicos do Cooperar, para se organizarem no sentido de investir tanto na capacitação, quanto na aquisição de equipamentos.
Considerada uma atividade sustentável, a criação de abelhas sem ferrão é de fácil manejo e baixo custo e que tem relevante papel na manutenção da biodiversidade, através da polinização de grande parte das espécies nativas.
No mundo, a produção de abelhas sem ferrão é uma das poucas atividades que se encaixa nos quatro grandes eixos da sustentabilidade: é geradora de impacto ambiental positivo; é economicamente viável; é socialmente aceita e culturalmente importante pela proposta educacional que desempenha no convívio com a sociedade.
A criação racional dessas abelhas visa, praticamente, a exploração do mel, sendo o principal produto das colmeias, mas além do mel, o pólen (samburá), o cerume, a própolis e a formação de novas colmeias são outros produtos, também, aproveitados das abelhas sem ferrão.
A exploração do mel é uma atividade que possui facilidade de manejo e grandes possibilidades de comercialização. O mel possui propriedades farmacêuticas e terapêuticas, assim como é apreciado pela culinária e usado na indústria de cosméticos. O meliponário, auxilia na renda de pequenos e médios produtores, além de auxiliar na preservação e conservação das abelhas.