A Associação para o Progresso dos Municípios, das Comunidades e Bairros(APMCB) emitiu Nota lamentando a morte do ex-deputado federal e ex-senador, Ivandro Cunha Lima, aos 92 anos, infelizmente ocorrida neste sábado (28), no município de Campina Grande. Segundo o presidente da APMCB, Nicola Lomonaco, a atuação política do ex-senador Ivandro foi de grande importância para o nosso estado e para o País.
“O ex-deputado federal e ex-senador Ivandro Cunha Lima defendeu os municípios com grande atuação nos seus mandatos em Brasília. Esperamos que nosso poderoso DEUS conforte o coração de todos os familiares nesse momento tão difícil”, destacou Nicola Lomonaco.
Ivandro Moura Cunha Lima nasceu em Guarabira no dia 26 de maio de 1930, filho de Demóstenes Cunha Lima e de Francisca Bandeira da Cunha. Advogado, tabelião e agropecuarista, bacharelou-se em direito pela Faculdade de Direito do Recife em 1955.
Estudou no Seminário Diocesano e no Colégio Diocesano Pio XI em João Pessoa. Vindo a cursar o bacharelado em Direito na Faculdade de Direito do Recife, Casa de Tobias Barreto, sendo diplomado em 25 de Maio de 1956, um dia antes de completar 26 anos.
Carreira política
Ivandro começou atuando na política estudantil, tendo sido presidente do Centro Estudantal Campinense. Em 1974 foi eleito suplente de Senador juntamente com Rui Carneiro, assumindo o mandato em 1977 por decorrência da morte do titular.
Em 1978, com a entrada dos Senadores Biônicos no Senado Federal, Ivandro chegou a ser eleito 4º Secretário da Casa, declinando à indicação por reverência aos planos traçados pelo MDB, que foi contra a participação dos biônicos na Mesa Diretora do referente biênio. Em 1980, após analisar os números do Movimento Democrático Brasileiro na casa revisora, Ivandro constata que o partido teria o direito de indicar o ocupante da 1ª Vice-Presidência do Senado ou da 1ª Secretaria, tendo sido indicado pelo líder para a segunda opção, inclusive com deferências do partido do governo, ARENA.
Em 1982, quando terminou seu mandato de Senador, Ivandro iniciou sua campanha para a Câmara Federal, desistindo durante a campanha por motivos de saúde.
Afastando-se da política partidária por uns tempos, Ivandro é indicado para o BNDES, por sua capacidade e prestígio junto ao Presidente eleito Tancredo Neves, no Rio de Janeiro, onde permanece até o início da década de 90, quando retorna aos palanques, desta vez como candidato a Deputado Federal, tendo como número o 1511 (“Meu voto Federal!”), apoiando seu irmão Ronaldo Cunha Lima que foi candidato ao Governo da Paraíba, vencendo ambos as eleições. Ivandro obteve 44.231 votos ou 5,95% do eleitorado.
No Governo do irmão Ronaldo, pela única vez, Ivandro se afasta da Câmara a fim de assumir a chefia da Casa Civil do Governador.
Em 1994, Ivandro é candidato a reeleição pelo PMDB, elegendo-se, desta vez com 53.747 votos ou 5,62%.
No ano de 1998, após desentendimentos dentro do partido – leia-se PMDB- Ivandro decide deixar os palanques, como candidato, porém figurando até hoje como uma das peças chave do grupo Cunha Lima.
Três anos após deixar o Congresso Nacional, Ivandro é homenageado pelo Senado com a inauguração do Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima, no dia 13 de Março de 2001.
Em 2002, seu sobrinho Cássio Cunha Lima é eleito Governador da Paraíba, assim, Ivandro recebe convite e retorna ao Gabinete Civil do Governador, permanecendo por mais de 3 anos.
Em 2010 é eleito 2º suplente de senador através de seu sobrinho Cássio Cunha Lima, com mais de 1 milhão de votos.
Atuação parlamentar
Algumas de suas atuações parlamentares podem ser encontradas nos sites do Senado e da Câmara.
No fim de 1994 e início de 1995, Ivandro é relator da PEC 53/95 que estabelece as eleições gerais e a coincidência de mandatos. Ivandro foi, ainda, o criador do PL 3.862-A/97 que dispunha sobre a distribuição gratúita de remédios para portadores da Diabetes Melittus, dentre outros.