Ela e sua vida amorosa

Ela tá na casa dos 50 e tem uma vida amorosa de dar inveja a, absolutamente, ninguém. É especialista em relacionamentos rasos e, quando tenta se aprofundar, sempre acaba afundando.

E, toda vez, que cai numa enrascada, se pergunta: será que tem a ver com a educação que recebi? Pois, foi ensinada a não se apaixonar por ninguém. Somente pelos estudos. E a regra era clara: se quisesse, não era pra namorar. Somente “ficar”. Como ela é obediente, acabou só ficando mesmo e não indo pra lugar nenhum.

E os estudos? Se apaixonou por eles, é óbvio. Ela é muito obediente, lembra? Afinal, foram eles que tornaram possível a sua vida profissional. Ela trabalha somente no que ama, há três décadas, ou seja, mais da metade de sua idade.

Agora, na maturidade, quando percebe que o estudo poderia, muito bem, ter acontecido, junto com a vida amorosa, não tem mais saco e nem paciência pra estudar e muito menos pra ter uma vida amorosa.

A luta agora é pra inverter as coisas. Já que foi ensinada a amar somente os estudos e assim já o fez, agora, ela bem que deveria começar a querer uma vida amorosa, né? Só que, dessa vez, teria que ser um relacionamento que não fosse raso e, que não se resumisse somente a um “fica”.

Pra isso, ela tem a consciência de que, se, realmente, quiser uma vida amorosa de dar inveja a escritores de novela, terá que travar uma luta pesada com a sua consciência pra se tornar desobediente, a essa altura da vida.

Quem sabe com um empurrãozinho musical?

“Que os desejos deixados, por conta do tempo, se realizem todos, por merecimentos.

Há tantas coisas na vida e, faltam lugares, atravessando o abandono da prosperidade.

Não. Não há como aceitar as guerras de sempre e ter a fome sem a paz constantemente”.

Música “Teia de Felicidade”, Carlinhos Brown.

O humor sempre esteve presente na minha vida. Desde criança. Afinal, sou filha de pais bem munganguentos. Até hoje, pra onde me bulo, vejo uma coisa engraçada. Mesmo nos momentos mais sérios. Há oito anos, resolvi “empacotar” esse humor orgânico e botar “à venda”, em forma de standups, textos, crônicas, podcasts e vídeos postados nas redes sociais. No insta: @_romye e no youtube: Romye Schneider. Divido tudo isso, com o jornalismo, profissão que amo e exerço há 30 anos.

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