A figura que retrata amor, carinho e aconchego, também é, em maioria, a mesma que precisa de cuidados. Uma pesquisa da FGV apontou que 91,5% dos avós no Brasil são idosos. A fase de curtir os netos costuma ser também um momento de atenção com a saúde e precaução para evitar as temidas quedas, que podem causar diversos transtornos.
Nesta terça-feira (26), Dia dos Avós, o coordenador dos médicos da família do Hapvida, Bruno Sampaio, ressalta que as atitudes devem ser preventivas, para reduzir os riscos de queda e transformar a residência em um local seguro para os moradores acima dos 65 anos.
O especialista lista medidas simples para implementar na rotina, como retirar tapetes, instalar corrimão nos banheiros e, se necessário, em outros cômodos da casa. O idoso também deve optar por sandálias presas ao pé, pois garantem conforto e segurança e diminuem as chances de soltar e causar um tropeço. A depender da limitação, o especialista indica ainda o uso de bengalas ou andador.
“São medidas simples que podem ser implementadas no dia a dia e reduzem em muito o risco de quedas ou acidentes domésticos, além de garantir mais independência e autonomia ao idoso”, pontuou.
Uma queda pode levar a uma série de transtornos como escoriações, lesões, fraturas na região do fêmur ou de membros superiores; pode afetar a mobilidade e a independência, acarretar distúrbios psicológicos, gastrointestinais, alteração no fluxo sanguíneo e outras consequências, a depender da situação.
Bruno Sampaio alerta que em caso de queda, é indispensável o atendimento médico, mesmo quando o acidente não aparenta ter sido sério. “É necessário para descartar a fratura e também para que o idoso passe por uma análise completa”, explica o profissional, que aponta que uma situação, mesmo que não cause danos físicos, pode afetar o psicológico e trazer insegurança e medo, o que também deve ser revertido com acompanhamento profissional.