Os pacientes e acompanhantes do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação PB Saúde, voltaram a viver um dia diferente com a retomada do projeto Cinepipoca na unidade hospitalar, nesta semana. Após dois anos sem exibições, por conta da pandemia, o projeto voltou a fazer parte da programação do hospital com a exibição do documentário curta-metragem “A Cura tem Cara”, em alusão ao Setembro Amarelo.
Uma das beneficiadas com a volta desse projeto foi a paciente Lidiane Ramos, 35 anos, que está internada na enfermaria neurológica. “A sessão de cinema foi muito gratificante, só de estar aqui e interagir com outras pessoas, já muda nosso dia. Ficar internada no hospital não é fácil, nem pra mim e nem para os acompanhantes, porque o ambiente está muito ligado apenas a esse cenário da doença, e às vezes é muito desgastante. Hoje mesmo, eu não estava muito bem, e um pouco dessa atenção que vocês nos deram, para nós significou muito, eu me senti realmente acolhida. O hospital e toda equipe estão de parabéns”, afirmou a paciente.
O documentário curta-metragem exibido, “A Cura tem Cara”, tem duração de 16 minutos e apresenta uma visão humanista da relação entre médico e paciente no tratamento de doenças infectocontagiosas, além de apontar a educação como ferramenta de transformação da saúde pública. O filme foi escolhido em alusão à campanha Setembro Amarelo, que traz para o debate a valorização da vida e a prevenção ao suicídio. Dentro dessa perspectiva, o curta ressalta a alegria, ânimo, apoio da família, atendimento humanizado e acesso à informação como pontes para alcançar um bem-estar biopsicossocial.
De acordo com a coordenadora de Serviço Social do Metropolitano, Carmen Lúcia, o Cinepipoca também tem objetivo de trabalhar com os pacientes questões de autoestima e motivação, além de possibilitar a escuta e o diálogo ao fim do filme. “O nosso setor trabalha orientando os pacientes e acompanhantes para que saibam onde podem buscar ajuda, caso precisem desse apoio profissional, seja no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), no Programa Saúde da Família (PSF) ou no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Como eles passam muito tempo internados, aguardando cirurgias e procedimentos, o Cinepipoca é uma forma lúdica de tirá-los da enfermaria. Também oferecemos a pipoca como forma de retomar memórias e vivências que eles têm junto com suas famílias”, explicou a gestora.
A gerente multidisciplinar Rebecca Andrade acompanhou a realização do evento e deu todo o suporte necessário para tornar o momento especial para os pacientes, acompanhantes e funcionários que estavam presentes. “A retomada desse projeto veio para humanizar ainda mais o tempo de hospitalização dos nossos pacientes e esse atendimento humanizado auxilia no tratamento e contribui para uma experiência mais positiva dentro do hospital. Para nós, é um prazer enorme poder voltar a proporcionar esses momentos, que fogem da rotina habitual. Vê-los socializando com outros pacientes, se divertindo e relaxando, mesmo dentro do hospital, nos faz acreditar que estamos no caminho certo, dando o nosso melhor para proporcionar um atendimento à saúde deles de forma integral”, relatou a gestora.