A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), possui uma rede de tratamento especializado voltado para a gagueira. O serviço é ofertado nas cinco policlínicas municipais da Capital, onde fonoaudiólogos tratam o distúrbio de uma forma que possa minimizar seus efeitos e oferecer uma melhor fluência verbal. Neste sábado (22), é celebrado o Dia Internacional de Atenção à Gagueira.
A data foi instituída no ano de 1988 pela Associação Internacional de Fluência (IFA) e pela Associação Internacional de Gagueira (ISA), tornando-se uma referência para a promoção da desmistificação de diversos pontos relacionados à gagueira, além de promover a conscientização acerca do assunto.
De acordo com a diretora de Atenção à Saúde da SMS, Alline Grisi, a porta de entrada para quem quiser procurar o tratamento adequado para a gagueira é a Atenção Básica, por meio das unidades de saúde da família (USFs). “Em um primeiro momento, a população pode ir até a USF mais próxima de sua casa, visando procurar o tratamento para a gagueira. A partir de então, o usuário passa por uma triagem e, após essa etapa, é encaminhado para o tratamento especializado com nossa equipe de fonoaudiólogos nas cinco Policlínicas Municipais, situadas em Jaguaribe, Cristo, Tambaú, Mandacaru e Mangabeira”, revelou.
Para a fonoaudióloga da Policlínica Municipal das Praias, Emanuelle Araújo, a gagueira é um distúrbio neurobiológico da fluência da fala, considerado também um distúrbio na temporalização da fala, que afeta a fluência e a comunicação. Essa temporalização significa o tempo de execução dos sons, sílabas, palavras e frases. Cada som da fala tem um tempo usual para ser falado. Esse tempo depende da região onde a fala é produzida.
“O tratamento é realizado com o profissional fonoaudiólogo e, quando necessário, fazemos o encaminhamento para outros profissionais, inclusive psicólogos, pois a ansiedade está muito associada. Por ser um distúrbio que afeta as estruturas pré-motoras da fala, o fonoaudiólogo é o profissional habilitado para realizar uma avaliação precisa e conduzir a intervenção. Lembramos que a gagueira não tem cura, mas tem tratamento”, destacou a fonoaudióloga.
Conforme informou a profissional, na grande maioria dos casos de gagueira, apesar de não existir uma cura definitiva, o tempo médio para o seu tratamento varia de seis a oito meses dependendo do paciente.
Serviço:
Em João Pessoa, o tratamento para a gagueira começa na USF mais próxima, onde o usuário é encaminhado para unidades especializadas, que são:
Policlínica Municipal do Cristo – Rua Olívia de Almeida Guerra, Cristo Redentor;
Policlínica Municipal de Jaguaribe – Rua Alberto de Brito, 413, Jaguaribe;
Policlínica Municipal de Mandacaru – Av. Mascarenhas de Morais, s/n, Mandacaru;
Policlínica Municipal de Mangabeira – Rua Elias Pereira de Araújo, 28, Mangabeira;
Policlínica Municipal das Praias – Avenida Olinda, s/n, Tambaú.
George Medeiros