Realmente! “Não tem quem diga”, mas, eu sou insistente e vou dizer assim mesmo… A frase que a gente passa a ouvir, com muita freqüência, depois que entra na maturidade é um ponto de reflexão sobre esta fase da vida.
Sou uma mulher madura, de 53 anos, assumindo os cabelos brancos e continuo linda e cheia de quereres.
– Mas, “não tem quem diga” que você tem essa idade.
– Claro que tem e eu não ligo. É pra dizer mesmo. Foi muita peleja pra chegar até aqui e me orgulho muito disso.
Não vou ser hipócrita e dizer que o caminho da velhice é mais prazeroso que o da juventude. É muita hérnia de disco envolvida. Mas, se aceitar na nova condição é a melhor saída. Pelo menos, tem sido a minha.
Agora, eu que pergunto: tem quem diga que ainda tô cheia de desejos, sonhos, vontades e planos?
Eu digo! Tô mudando o rumo da minha carreira profissional na idade madura. Sou louca? Sou! É fácil! Jamais! Muito pelo contrário! É difícil que só a bixiga taboca, mas, nunca foi fácil, nem na juventude e nem vai ser em época nenhuma.
“Não tem quem diga”. Mas, vou continuar dizendo. Na música “Seduzir”, onde só o título já valeria a pena, Djavan traduz, de forma lindamente, o que quero dizer, neste momento:
Vou andar, vou voar pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho de fundo