Em 7 de setembro, na véspera de completar 13 anos de vida, a adolescente L. B. S. começava a travar sua luta para sobreviver a um acidente de moto, com múltiplas fraturas. Depois de 78 dias, ela ganhou um novo aniversário para celebrar: a data em que venceu as inúmeras cirurgias, cinco paradas cardíacas e recebeu alta do complexo hospitalar.
A despedida da unidade de saúde foi acompanhada por toda a equipe da pediatria, que esteve ao lado da menor durante esse período. Os profissionais da saúde estavam emocionados ao assistir a paciente deixar o hospital consciente, falando, e encerraram o período de tratamento na unidade de saúde.
Ainda na enfermaria, a mãe esperava ansiosamente para levar a filha para casa. Edna Cristina Barbosa da Silva, bastante emocionada, se despediu da equipe da pediatria. “Muito obrigado por tudo que vocês fizeram por minha filha e por nossa família. Ela é um milagre de Deus, após ser totalmente desenganada pela medicina, minha menina está aqui, contando vitória e vocês fazem parte dessa história”, agradeceu.
As dificuldades – Durante o período de 40 dias em que esteve internada na Unidade de Tratamento Intensivo – UTI, a garota precisou lutar intensamente para sobreviver. Com uma série de complicações, incluindo cinco paradas cardíacas e diversas cirurgias, ela contou com o apoio da equipe de médicos especialistas: neurocirurgia, ortopedia, cirurgia torácica, geral, bucomaxilofacial e pediatria. Além de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas do Hospital de Trauma, além do apoio constante da família por meio das videochamadas.
Segundo a médica Arleide Medeiros, é muito gratificante contribuir para esse momento. “Com certeza essa recuperação e alta estão marcadas na mente e no coração de todos os profissionais que atenderam a adolescente. Quando recebemos a paciente, pelo estado gravíssimo que se encontrava, só conseguir chegar com vida à unidade hospitalar, já foi uma vitória. É muito gratificante vê-la bem (consciente e orientada), quando achávamos que ela não tinha nenhuma chance de sobrevivência”, revelou.
Segundo o diretor geral da instituição, Laecio Bragante, a adolescente chegou ao Hospital de Trauma com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave, politraumatizada, com quadro clínico considerado gravíssimo. “Devolver pacientes à sua família, após uma dura luta de 78 dias, faz valer cada minuto que passamos longe da nossa própria família. A vitória dela foi também uma das nossas maiores vitórias em nosso hospital, saímos todos um pouco mais humanizados e com fé em Deus”, conclui.