Atual presidente da Assembleia Legislativa, que tenta o cargo pela terceira vez, Adriano Galdino tirou foto com 27 parlamentares, mas pelo jeito não confia neles
A falta de confiança em seus pares, por parte do deputado estadual Adriano Galdino, levou o atual presidente da Assembleia Legislativa, que tenta pela terceira vez sentar na principal cadeira da Casa Epitácio Pessoa, a encaminhar, de forma relâmpaga, o Projeto de Resolução (PR) 474/2022 que determina a votação aberta para eleição da Mesa Diretora.
O projeto foi imediatamente aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta quarta-feira (07). Ontem Galdino, que é candidato a presidente da ALPB, no segundo biênio, juntamente com o deputado Branco Mendes, candidato ao cargo no primeiro biênio, reuniram 27 deputados estaduais, da oposição e situação ao governo João Azevêdo, no restaurante Cassino da Lagoa, no Centro da Capital, “garantindo” a eleição dos dois.
No entanto, pelo fato de que a votação para a escolha da Mesa Diretora da ALPB sempre ter sido secreta, o’parlamentar deve ter ficado com “uma pulga atrás da orelha” e decidiu encaminhar o Projeto de Resolução para mudar a votação para aberta e garantir que os deputados que posaram para a foto não mudem de ideia na hora de votar e escolham os candidatos Eduardo Carneiro e Inácio Falcão, opositores de Galdino.
O texto foi relatado pelo presidente da CCJ, deputado Ricardo Barbosa, que emitiu parecer pela aprovação da matéria. O parecer recebeu votos favoráveis de todos os membros presentes na reunião. O texto aprovado hoje na CCJ especifica que “a eleição acontecerá por votação aberta e processo nominal, de forma presencial, exigida a maioria absoluta de votos, em primeiro escrutínio, e maioria simples, em segundo escrutínio, presente a maioria absoluta dos deputados”.
“Sou favorável ao voto aberto pelo princípio da transparência. Nós, deputados eleitos pelo povo paraibano, povo este que precisa saber sobre toda e qualquer votação. Penso que toda votação que houver na Assembleia tenha que ser aberta para que as pessoas saibam em qual matéria, ou em quem, estamos votando, de forma muito transparente”, argumentou o deputado Anderson Monteiro.