O primeiro concerto da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa na temporada 2023 foi um sucesso. O público lotou o Centro Cultural São Francisco para conferir a execução da 5ª e mais popular sinfonia de Ludwig Van Beethoven, interpretada pela Orquestra, dando sequência à série integral das sinfonias do músico. O concerto é uma realização da Prefeitura da Capital, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), e acontece sempre na primeira semana de cada mês.
“O concerto de abertura da temporada 2023 realmente foi muito especial, único. Peças inéditas do solista Carlos dos Santos foram apresentadas. Teve um traço todo especial da nossa Orquestra Municipal e a regência do maestro Laércio Diniz executando Beethoven. Realmente, foi algo especial e inesquecível”, avalia o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele também destaca a participação da população que foi prestigiar o evento. “Nós não nos cansamos de valorizar e agradecer a presença do público que é sempre fiel. Em todos os concertos da nossa Orquestra Sinfônica o Museu São Francisco lota e se consolida como um ambiente mais favorável à música instrumental e clássica”, constata.
Marcus acrescenta que foi muito feliz a ideia de levar a Orquestra para fazer concertos e ensaios no local. “E nós sempre agradecemos ao padre Marcondes Menezes pela acolhida. Estamos criando uma marca para a Funjope e para a Orquestra Sinfônica Municipal valorizando nosso equipamento histórico Barroco”, observa.
O maestro Laércio Diniz comemora que cada vez a Orquestra conquista mais público. “Temos essa estratégia de ensaiar na igreja e isso traz também muita gente que fica conhecendo a Orquestra dentro do Centro Cultural, o que faz com que eles retornem para os concertos. A sensação é maravilhosa de poder estar com um público que está nos prestigiando”, comemora.
Público – Quem foi ao Centro Cultural São Francisco não se decepcionou com a apresentação. “Esse foi o primeiro concerto do ano e também a primeira vez que vejo a Orquestra Municipal. Eu não quis perder a oportunidade de vir, ainda mais por ser numa igreja Barroca. Foi um achado e, com toda certeza, vou comparecer aos próximos”, afirma o arquiteto Yuri Bonifácio.
“Nunca tinha vindo ao concerto da Orquestra Municipal. Eu acho que tem público para isso, assim como tem para galeria, museu. Certamente, estarei aqui todo mês”, avalia a artista plástica Isadora Rolim.
O advogado Domênico Porto ressalta que ver o ouvir a Orquestra é uma oportunidade única de começar o ano vendo um espetáculo musical. “É muito bonito o espaço, tem uma acústica bacana. Por todos os lugares (dentro da igreja) a acústica é muito boa. Está excelente”, comenta.
“Eu acho que é uma cultura que devia se expandir na cidade para que as pessoas comecem a apurar o ouvido e aproveitar esse tipo de música. Muita gente não tem conhecimento”, acrescenta a psicanalista Erlane Dias.
A assistente social Angélica Souza estava tomando um café próximo ao Centro Cultural quando soube que haveria concerto. Ela não pensou duas vezes e foi até lá conferir. “Foi maravilhoso, espetacular. Gostei muito e vou voltar para os próximos”, prometeu.
Concerto – Além da ‘Sinfonia nº 5 em Dó Menor’, o solista Carlos dos Santos executou a obra de sua autoria ‘Concerto para Vibrafone e Orquestra’. Laureado em diversos concursos de composição, o músico, que é professor de percussão e percepção musical da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), tem obras executadas por importantes orquestras brasileiras.
Foram executadas ainda as obras ‘Elegia’ e ‘Pablo’, do compositor Vinícius Costa Jaloto. O jovem compositor luso-brasileiro expressa, por meio da música, a difícil realidade de muitos jovens que têm as vidas ceifadas por causa das drogas. O músico tem se dedicado à composição para orquestra e voz sobre textos poéticos e dramáticos.
Lucilene Meireles
Foto- Daniel Silva
