Inspirada em série de reportagens, obra de ficção é um marco para o audiovisual da Paraíba
A série de ficção “Juventude Vendida” já começou a sair do papel. Inspirada em uma série jornalística homônima, as gravações estão sendo realizadas em diversos pontos da Grande João Pessoa. Com um elenco majoritariamente paraibano, que conta com grandes nomes da dramaturgia e talentos promissores, a produção aborda o tema da exploração sexual infanto-juvenil. Para Valério Lima, diretor de produção, a expectativa é excelente para o mercado do audiovisual, principalmente para a classe artística, que foi bastante prejudicada pela pandemia. “Temos 80 profissionais diretamente envolvidos na produção, fora o mercado que atingimos indiretamente, como hotéis, restaurantes, fornecedores de diversas áreas, como figurinos, objetos, alimentação e transportes”, destaca.
Originalmente, a série se inspira em uma produção jornalística produzida e exibida pela TV Correio e conta com uma produção de alta qualidade e um roteiro envolvente. “João Pessoa é um excelente local com inúmeras opções de locações para qualquer filme, bem como a Paraíba, que já foi cenário de diversas produções. Escolhemos de acordo com a necessidade do roteiro com estradas como a PB 008, também iremos às ruínas em Lucena e Barra de Camaratuba”, observa Valério.
*Elenco* — A obra conta com nomes reconhecidos como Zezita Matos, Fernando Teixeira, Edilson Alves, Ingrid Trigueiro, Kassandra Brandão, Fabíola Moraes e Sebastião Formiga. “Foi bem difícil para o diretor Frederico Machado selecionar os atores, pois a Paraíba é referência por ter tantos talentos”, comenta. O diretor de produção cita ainda Daniel Porpino, que além de atuar na série é o preparador de elenco. “Quero também destacar Livya Meneses, Rafa Guedes, Márcio de Paula, Edvan Lima, Papa Macedo, Alex Lessa, Jinarla e Letícia Rodrigues que completam este elenco de peso e além de excelente equipe de figuração”, revela.
A escolha do elenco se deu por meio da experiência dos atores e desempenho nos testes, incluindo o elenco principal. “Também temos a identificação de cada ator ou atriz com as personagens para os quais foram selecionados”, completa.
*Ficha técnica* — A série terá seis episódios de 26 minutos com produção da Idé Productions, de São Luís (MA), Mills Audiovisual de Comunicação, como produtora associada, e conta com profissionais que fazem a cena do audiovisual não só da Paraíba, mas também nacionalmente. Fazem parte o produtor-executivo André Xingu; o diretor de produção Valério Lima; assistente de Produção Janaína Araújo, Kalyne Almeida e platô Diego Lima. A Direção de Arte é de Yuri Fechner; assistente de Arte/Contrarregra Jarier Dantas; assistente gaffer Diego Barbosa; gaffer Zé Carlos Costinha; assistente de Maquinaria/ Elétrica Lairton Longuinh; maquinista Fernando Ericson (GeGê). A maquiagem é de Paulo de Jonnhy; logger Alessandro Potter; assistente de logger Manuella Cavalcanti; produtora de Elenco Fabricia Oliveira; produtora de Arte e Objetos Alfa; direção de Figurino Lucas Mendes; assistente de Figurino Railla; Som Direto Ester Rosendo e assistência de Mayara Valentim.
*Sinopse* – Jorge, caminhoneiro endurecido pela vida, encontra, num posto de beira de estrada, Cauane, uma prostituta adolescente. O que se insinuava como um programa rápido, típico daquele ambiente, sem maiores perguntas sobre a idade da menina ou sobre qualquer outra coisa, se desdobra numa imprevisível e ambígua aproximação. Frente à ameaça de um brutamontes, Jorge se vê fazendo um surpreendente gesto de proteção, que o enreda na perseguição à Cauane, fugitiva de uma festa pouco familiar e brutal de poderosos locais. Mais importante que a fuga pela estrada, entretanto, é a jornada afetiva percorrida pela dupla. Entre o convívio na boleia de Jorge e emergência de seus passados – de exploração e humilhação desde a tenra infância, no caso dela, e de sofrimento e perda dos laços familiares, no caso dele – eles viverão uma transformação profunda deles próprios e da relação que os une: da tentativa frustrada do sexo vivido como comércio e exploração a um difícil e inesperado vínculo paternal. Uma aposta na imponderável reinvenção da vida pelo encontro, uma resposta à violenta reiteração da solidão e da morte.