A Central Única da Favela (Cufa), organização que atua há 25 anos fomentando o território das comunidades, passou a ser presidida por uma paraibana. Trata-se da ativista Kalyne Lima, que tomou posse na tarde desta quinta-feira (20), substituindo Preto Zezé. O prefeito Cícero Lucena participou da solenidade, que aconteceu no Theatro Santa Roza, no Centro da Capital.
“Para mim é motivo de orgulho e alegria a chegada de Kalyne à Presidência da Cufa, não só por ser paraibana, mas por conhecer o seu trabalho. Tenho certeza que juntos vamos fazer um grande trabalho com o mote que já é de nossa gestão, de tratar com igualdade todas as regiões da cidade. Estamos de portas escancaradas para atuarmos juntos e fazermos ainda melhor pelas pessoas que mais precisam”, afirmou Cícero.
A nova presidente afirmou que participar da Cufa é um movimento intenso, de tomada de consciência da coletividade. “Quero dar o meu melhor e entendo que não é um lugar só meu, mas de uma grande equipe que está dentro dos territórios promovendo uma revolução de potencialização destes espaços”, frisou.
Preto Zezé, que deixa a presidência da Central para assumir o Conselho da Cufa, afirmou estar animado para a gestão de Kalyne. “É uma das lideranças mais dedicadas da Cufa e estou feliz que seja ela, reforçando um rodízio de equidade de gênero e dando continuidade à Presidência na parte Norte do País, o que descentraliza o poder das grandes instituições que geralmente fica no sudeste”, afirmou.
A Cufa existe há cerca de 25 anos, criada por pessoas da favela para pessoas da favela. A instituição busca ter um olhar empreendedor sobre este território, criando tecnologia social que impulsione a comunidade. Além de Kalyne, tomou posse Márcio Lima, da Bahia, na vice-presidência. Preto Zezé, do Ceará, passa a presidir o Conselho da Cufa, tendo como vice Alzira Nogueira, do Amapá.
Arthur Araújo/Fotos: Kleide Teixeira