Ter os avós participando da vida dos netos pode ajudar a criança a se tornar uma pessoa mais carinhosa, com mais segurança, maior maturidade emocional e mais assertividade. A afirmação é da psicóloga da Hapvida Notre Dame Intermédica, Michelle Costa, que aponta que o vínculo faz bem para todo o núcleo familiar.
“O vínculo fortalece as potencialidades emocionais e encoraja a mudança de comportamento ou emocional; isso faz com que os desafios sejam encarados com mais facilidade e superados com menos dificuldade e frustração”, ressalta.
A psicóloga ressalta que, apesar da opinião popular que os avós “estragam” os netos, a relação pode ensinar e trazer lições, ainda que seja na maior parte do tempo de carinhos, mimos e agrados. “O afeto também educa e acolhe”, aponta a especialista, que pontua a capacidade dos idosos em impor limites, quando necessário.
“Estudiosos da psicologia afirmam que a função dos avós é tornar real todos os ‘desejos’ dos netos, contudo, os avós sabem da necessidade dos limites, orientações educacionais e emocionais que precisam ser colocados ao longo da vida de uma criança”, esclarece.
Além de fazer bem para o neto, ter uma criança por perto pode ser terapêutico para um idoso. Estudos recentes têm apontado os benefícios mútuos dessa interação, como o bem-estar emocional, estimulação cognitiva, envelhecimento saudável e fortalecimento de laços familiares. Michelle revela que é comum o sentimento de “utilidade” nos avós, ao sentir que contribuem na educação e na criação dos netos, o que também ajuda a estimular a memória, o vínculo afetivo e a proatividade.
Sem a referência de avós por perto, uma criança pode ter sua construção emocional afetada, tendo uma tendência maior à insegurança e ao medo de estabelecer relações afetivas; pode ter, no futuro, problemas com figuras de autoridade e se tornar um adulto insatisfeito com as conquistas ao longo da vida.
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