Distorção de imagem: redes sociais podem impulsionar autocobrança e busca por perfeição

Curtidas, filtros, melhores ângulos e trends. As redes sociais têm, cada vez mais, desempenhado um papel significativo na vida pessoas, ocupando mais espaço na rotina e dividindo o tempo com a realidade. Tanta exposição pode ser perigosa: comparações, autocobrança e distorção de imagem são alguns dos efeitos do uso prolongado e sem critério das plataformas digitais.

A avaliação é de Ivana Teles, psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica. A profissional explica que a maior dificuldade de parte da sociedade é entender que uma rede social é apenas um recorte, onde os usuários costumam divulgar as melhores partes.

“A verdade é que as pessoas só estão postando os trechos felizes de suas vidas. Quem está de fora não percebe isso; o que gera a autocobrança, comparação e sensação de não estar no mesmo nível das pessoas”, pontuou a especialista, acrescentando que, no caso das mulheres, a cobrança é ainda maior.

Recentemente, a cantora Sandy virou notícia ao admitir que não consegue andar sem maquiagem ou postar fotos sem filtros. “Não me sinto à vontade de as pessoas me verem nua e crua”, disse em entrevista.

A psicóloga destaca que a sociedade criou um padrão de beleza que não existe no mundo real, sendo impossível de se conquistar de maneira natural. O resultado são pessoas que não buscam mais valorizar suas próprias características e desprezam sua beleza.

“Aprenda a olhar para si com carinho, com amor, a se aceitar e aceitar o seu corpo. Ser único é o que te faz singular neste mundo”, orienta.

Mudanças positivas – A autoaceitação nada tem a ver com ignorar o que incomoda. A psicóloga explica que faz bem buscar mudar algo que traz desconforto, mas, antes, é importante investigar a raiz desse desejo. “A questão deve ser o que de fato a pessoa quer para si, sem se basear apenas nos padrões da sociedade ou filtros no instagram”, avalia.

Assessoria de Imprensa
Múltipla Comunicação

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