De onde vêm as doenças?

E por falar em doença…para quem sabe que sou assessora de imprensa da Saúde vai achar que vou escrever um release sobre alguma ação, etc e tal…mas, hoje vou me despir de tudo o que é real e me vestir somente de licença poética e parafrasear a poetisa, filósofa, psicóloga e psicanalista brasileira, Viviane Mosé, com um poema que descobri, por acaso, quando, na verdade, procurava outro que gosto muito e até já o interpretei num curso de teatro que fiz há alguns anos… mas, isso é assunto pra daqui a pouco.

Primeiro, vamos às surpresas da vida. Sempre pensei muito no tema a seguir, mas, ultimamente, meu juízo tá muito mais ancorado nele. Ou seria “preso”?

“POEMAS PRESOS
A maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos
Abscessos, tumores, nódulos, pedras…
São palavras calcificadas, poemas sem vazão.

Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado, prisão de ventre…
Poderiam um dia ter sido poema, mas não…
Pessoas adoecem da razão, de gostar de palavra presa.”

Pausa aqui para um fôlego…

“Pessoas adoecem da razão, de gostar de palavra presa.” Que frase é essa? Como eu queria ter dito isso.

Continuando com Mosé:
“Palavra boa é palavra líquida, escorrendo em estado de lágrima.
Lágrima é dor derretida, dor endurecida é tumor.
Lágrima é raiva derretida, raiva endurecida é tumor.
Lágrima é alegria derretida, alegria endurecida é tumor.
Lágrima é pessoa derretida, pessoa endurecida é tumor.
Tempo endurecido é tumor, tempo derretido é poema”.

Pronto! Era só isso mesmo o que eu tinha para dizer. Eu não. Viviane Mosé. Viva!

Eita! Já ia esquecendo…

O primeiro poema dela do qual falei lá no início é este:

“Acho que a vida anda passando a mão em mim.

E por falar em sexo
Quem anda me comendo é o tempo

Na verdade faz tempo
Mas eu escondia
Porque ele me pegava à força
E por trás.

Um dia resolvi encará-lo de frente
E disse: Tempo,
Se você tem que me comer
Que seja com o meu consentimento
E me olhando nos olhos

Acho que ganhei o tempo
De lá pra cá
Ele tem sido bom comigo
Dizem que ando até remoçando.”

Sem mais…

Eu vivo do jornalismo, desde quando me formei, no início dos anos 90. Até que em 2014 passei a desempenhar mais uma função: a de humorista. Há quem diga que sou uma jornalista engraçada e eu digo que o humor sempre esteve presente na minha vida. Desde criança. Afinal, sou filha de pais bem munganguentos. Aprendi com eles a rir de nós mesmos. Isso ajuda nos momentos mais sérios da vida. Há 10 anos, resolvi “empacotar” esse humor orgânico e botar “à venda” em forma de standup, textos, crônicas, podcasts e criação de conteúdo para o insta: @romyeschneider.

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