No Dia do Agente de Limpeza, servidor da Emlur fala do orgulho por manter a cidade limpa

“Ser agente de limpeza é sinônimo de força, é trabalhar com o coração e com orgulho por manter a cidade limpa. É um trabalho importante que nos dá um sentimento de gratidão”, afirma o agente Manuel Vicente, de 60 anos. Neste Dia do Agente de Limpeza (16), a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) presta homenagem aos trabalhadores que atuam nas mais diversas frentes. Nesta sexta-feira (17), ocorrerá uma festa de comemoração a partir das 10h, na sede da Emlur, no Bairro dos Estados, sem prejuízo dos serviços à população.

Há mais de 30 anos, Manuel Vicente é agente de limpeza urbana. Anteriormente, ele trabalhava no comércio, mas foi na limpeza que ele encontrou sua vocação. “Tenho várias pessoas na minha família que desempenham essas atividades, como uma irmã, um primo e outros que já estão aposentados e que já faleceram”, conta.

Ao longo de sua trajetória, trabalhou na maior parte do tempo com a coleta de resíduos domiciliares, mas agora integra as turmas de zeladoria, no serviço de roçagem. Entre suas ferramentas de trabalho estão enxada, vassoura, carrinho de mão e tela de proteção.

Segundo Manuel Vicente, é comum receber elogios das pessoas pelo trabalho executado, principalmente pelos turistas. “Eles dizem que somos importantes e nos sentimos valorizados. Isso nos incentiva. Mas, além disso, eu também procuro incentivar os colegas mais jovens, que estão começando no ramo”, relata.

O agente de limpeza destacou que pretende continuar trabalhando por muito tempo. “Se eu sair da limpeza, eu fico doente em casa. Estou com saúde e com felicidade. Aqui, além do trabalho, eu brinco com um e com outro porque é importante ter animação dentro e fora da empresa para deixar o serviço mais prazeroso. Quando você sai de casa e tem algum problema familiar, nunca leve pro trabalho, sempre mantenha o alto-astral”, recomenda.

Do shopping para a limpeza – A jovem de 25 anos Amanda da Silva trocou o trabalho de atendente em um shopping center, no bairro de Manaíra, pela varrição nas ruas de João Pessoa. “No shopping, a gente não tinha horário certo, daí, não havia possibilidade de cursar faculdade. Meu irmão já trabalhava na limpeza urbana e sempre falava bem do serviço, então, eu enviei meu currículo para uma das empresas prestadoras da Emlur e consegui o trabalho”, diz Amanda.

A agente de limpeza, que cursa o primeiro período de Recursos Humanos, à noite, também traz no currículo o trabalho em padaria e com serviços gerais. Todos os dias, ela percorre a Avenida Beira Rio com uma marretinha, vassoura, pá e o lutocar (carrinho). “É bom trabalhar ao ar livre. Não é um trabalho pesado. Só é um pouco complicado quando chove”, pontua.

Para Amanda da Silva, ser agente de limpeza é difícil porque não é uma profissão tão valorizada, segundo ela. Contudo, é uma atividade que considera importante. “Nós cuidamos da limpeza das ruas, o que impede problemas para a saúde pública. Uma cidade limpa é algo bom para todos”, ressalta.

Ela é conhecida na área e os comerciantes locais elogiam seu trabalho. Por outro lado, Amanda enfatiza que ainda falta conscientização das pessoas sobre o correto descarte de resíduos. “Às vezes, é meio irritante encontrar coisa errada todo dia. Tem muita gente que joga lixo no chão mesmo, seja papel, copo de plástico e embalagem de comida. Têm pessoas que me veem com o carrinho, mas jogam o lixo no chão”, comenta.

Amanda da Silva se destaca não só pela qualidade de seu trabalho. Além da beleza natural, a agente de limpeza urbana só trabalha maquiada, um hábito que ela adotou quando trabalhava em shopping. “Eu sempre gostei de me maquiar. No shopping era exigência, aqui é escolha. É importante a gente estar bem, não importa o trabalho. Eu me valorizo e valorizo meu trabalho, mesmo sob sol ou chuva”, finaliza.

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