A greve dos servidores do INSS na Paraíba continua. A nova proposta
apresentada pelo governo federal na terça (16) durante a quarta rodada
de negociação com Mesa Setorial do Seguro Social, que contempla o INSS,
não foi aceita pela categoria. “A proposta não beneficia o conjunto de
servidores do INSS. Por isso, a greve continua, para pressionar ainda
mais o governo a atender as nossas reivindicações”, disse Sérgio
Fonseca, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde,
Previdência e Trabalho do Estado da Paraíba (SindsprevPB) e também do
comando de greve no Estado.
Na avaliação do sindicalista, a greve do INSS está se fortalecendo na
Paraíba. ” Os servidores estão dando mostras de engajamento nas
atividades da paralisação. A cada dia, nos são informadas novas
adesões”, ressaltou Fonseca.
O movimento é nacional.
No primeiro dia de greve, as APS Tambauzinho e Sul, na Capital; e
Guarabira pararam as atividades. Nesta quarta (17), os servidores das
agências de Santa Rita, Teixeira, Bananeiras e Rio Tinto cruzaram os
braços. Na próxima semana, o comando de greve espera a adesão de mais
agências da gerência Campina Grande: Itaporanga, Monteiro, Bonito,
Princesa Isabel e Queimadas.
Programação da greve – Nesta quinta-feira (18), a concentração dos
servidores começa a partir das 8h, na Gerência Executiva de João Pessoa
(Rua Barão do Abiai, no centro da cidade). À noite, haverá reunião
virtual com o comando de greve para definir encaminhamentos para a
próxima semana.
*Impacto* – Com a continuidade da paralisação, vários serviços podem ser
afetados, como a análise da concessão de benefícios (aposentadoria,
pensões, Benefício de Prestação Continuada – BPC), atendimento
presencial (exceto a perícia médica, indispensável para a concessão de
benefícios, a exemplo do auxílio-doença e do BPC) e análise de recursos
e revisões de pensões e aposentadorias, inclusive a “Operação
Pente-Fino” do governo, que visa revisar benefícios concedidos.
O diretor do SindsprevPB, Sérgio Fonseca, explicou que as agências da
previdência estão abertas porque os médicos peritos não integram a base
do INSS e os estagiários da instituição estão trabalhando normalmente.
“Os médicos peritos exercem uma atividade especial, pois se relaciona a
uma etapa importante da concessão de benefícios, mas eles não fazem
parte da base dos servidores do INSS. Por isso, não estão em greve”,
disse.
Ele informou ainda que na Paraíba são 331 servidores, desses 40% estão
em trabalho remoto. “Muitos não estão puxando tarefas desde terça,
quando iniciou a greve”. O INSS conta 37 agências da previdência social
físicas e duas digitais no Estado.
*Confira as reivindicações dos servidores do INSS:*
• Reconhecimento da Carreira do Seguro Social como parte do núcleo
estratégico do Estado, semelhante às carreiras de auditoria e
fiscalização;
• Plano de recomposição remuneratória;
• Contra o congelamento da GAE;
• Cumprimento do Acordo de Greve de 2022;
• Contra o fim do teletrabalho;
• Implementação da NT13;
• Nível superior como critério de ingresso para técnicos do seguro
social;
• Reorganização dos processos de trabalho e programas de gestão;
• além de melhores condições para atendimento das demandas da
população.
*Sobre o INSS* – O Instituto Nacional do Seguro Social possui 18.574
servidores ativos no país, dos quais cerca de 40% estão trabalhando em
regime de home office.