Judoca conquistou a primeira medalha brasileira nesta edição na modalidade que mais garantiu pódios ao país na história e na sequência, Larissa Pimenta conquistou o bronze no feminino
Willian tinha pouco mais de oito meses de vida quando Tiago Camilo e Carlos Honorato, chegaram à disputa do ouro naqueles Jogos na Austrália – ambos acabaram com a medalha de prata.
Diante da mulher, Maju, e do filho, Dom, Willian caminhou luta a luta até alcançar a decisão do peso meio-leve (até 66kg) na Arena Champs de Mars, categoria repleta de história no judô nacional. Entre outros, Rogério Sampaio (ouro olímpico nos Jogos Barcelona 1992), Daniel Cargnin (bronze nos Jogos Tóquio 2020) e João Derly (bicampeão mundial em 2005 e 2007) são algumas das personalidades que brilharam neste peso.
“Eu fico muito feliz porque eu falei que eu ia chegar aqui, conquistar uma medalha, sair do pódio e colocar no pescoço do meu filho. Eu só estou pensando nisso agora, que eu quero sair do pódio e entregar a medalha pra ele”, disse Willian.
Na primeira rodada, o paulista venceu o Sardor Nurillaev com um waza-ari a seis segundos do fim.
Na rodada seguinte, passou por Serdar Rahimov, do Turcomenistão, após três shidos (punições) dadas ao rival.
Na fase de quartas de final, em outra luta duríssima, aplicou um ippon no mongol Baskhuu Yondonperenlei. Na semifinal, outra luta parelha com o cazaque Gusman Kyrgyzbayev, vencida com um ippon.
Na finalíssima, perdeu para Hifumi Abe, que defendia o título olímpico conquistado na mesma categoria nos Jogos Tóquio 2020.
Antes da façanha em Paris, as principais conquistas de Willian haviam ocorrido em nível de Grand Slam. Ele obteve bronze nos Grand Slams de Tblisi e Tashkent, em 2024 e prata no Grand Slam de Antalya, em 2022.
Além disso, também amealhou ouro no Campeonato Pan-Americano e da Oceania, disputado em abril, no Rio, e o bronze nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023.
Fonte:Comitê Olímpico do Brasil
Foto: Wander Roberto/COB