Brincadeiras, música, personagens do universo infantil, voluntariado, inclusão. Tudo isso junto e o resultado não poderia ser diferente: alegria! Assim foi a comemoração do Dia das Crianças que o Instituto Unimed João Pessoa realizou sábado (26) à tarde na Associação Integrada Mães de Autistas (Aima), no Geisel. Cerca de 600 pessoas passaram pelo evento, realizado na rua ao lado da entidade, incluindo crianças atendidas pela Aima, irmãos, pais e outros familiares.
Na comemoração, que contou com o trabalho de voluntários do Instituto Unimed JP, não faltou nada. Tinha pipoca, algodão-doce, pula-pula, brinquedos infláveis. Mas, o que fez sucesso mesmo foram os personagens do filme “Os Vingadores”, que levaram magia para a garotada. As crianças brincaram e dançaram com os super-heróis, interpretados pelo grupo Imaginart, numa tarde que, certamente, ficará na memória. “Está tudo maravilho e organizado”, elogiou a dona de casa Juliana Batista da Silva, mãe de Darllyson, atendido pela Aima. Ela também levou os outros três filhos para a comemoração e disse que o sentimento era de gratidão.
A aposentada Maria das Graças Barbosa da Silva acompanhou o neto Miguel Felipe, atendido pela associação. Para ela, a comemoração superou as expectativas. “Eu nunca tinha visto uma comemoração tão linda como essa. A gente já teve muitas festas, mas essa aqui bateu o recorde”, disse, destacando que é muito grata à Unimed João Pessoa.
Para a diretora social do Instituto Unimed JP, Euda Aranda, a alegria de proporcionar um momento como o de sábado é imensurável. “Esse sorriso no olhar que a gente vê de todas as crianças não tem nada que pague. Isso para a gente é gratificante”, declarou.
Tudo foi muito bem planejado. Além da diversão, a Unimed JP também garantiu a segurança dos participantes, com a disponibilização de uma ambulância, que não precisou ser utilizada.
*Inclusão*
O Instituto Unimed João Pessoa é o braço social da Unimed João Pessoa, maior plano de saúde da Paraíba, com uma carteira de mais de 173 mil clientes. Um dos cinco pilares do instituto é “Comunidade”, que tem como finalidade desenvolver projetos voltados para a promoção da saúde, cidadania, inclusão e ajuda aos públicos mais vulneráveis. É nesse contexto que se insere o apoio à Aima.
O presidente da Unimed João Pessoa, Gualter Lisboa Ramalho, disse que a palavra de ordem é “inclusão” e que o plano de saúde está atento à causa das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele lembrou que, há pouco mais de uma semana, a Unimed JP inaugurou duas clínicas focadas no atendimento a transtornos e síndromes do neurodesenvolvimento, sendo uma delas exclusiva para TEA.
Sobre o apoio à Aima, ele lembrou a responsabilidade socioambiental das instituições. “Ver o sorriso estampado no rosto destas crianças só me dá esperança. A contribuição de cada instituição, de cada pessoa faz toda a diferença. Então, nós não poderíamos ficar de fora”, declarou.
A presidente da ONG, Elaine Araújo, que é mãe de um jovem autista, contou que, muitas vezes, quando tem comemorações na vizinhança, as crianças com TEA são excluídas. “Quando a gente vê uma empresa que proporciona um evento desses, que agrega, que acolhe, que inclui, é só emoção. Meu coração transborda de gratidão pelo Instituto Unimed JP ter esse olhar para com as pessoas e com as causas”, disse.
*Acolhimento à família*
A Aima é uma organização não governamental que atende 380 crianças, adolescentes e adultos com TEA não só do Geisel, mas também de outros bairros de João Pessoa e até de Cabedelo. Para isso, conta com o apoio do governo do Estado, que disponibiliza uma equipe multidisciplinar, e de instituições como a Unimed João Pessoa, que realiza doações e outras iniciativas na ONG. “A Unimed JP está de parabéns em abraçar a causa dessas pessoas que tanto precisam”, declarou Paulo Araújo, diretor da ONG.
De acordo com ele, um dos diferenciais da Aima é oferecer assistência também para a família, incluindo apoio psicológico para os irmãos e os pais. Para a família, isso tem um significado especial. “Eu, como mãe, aprendi mais sobre o autismo na ONG. A gente tem roda de conversa, se apoia, discute nossas necessidades. Existe uma amizade entre as mães”, declarou Juliana Batista, mãe de Darllyson.