Marcos Alfredo*
A professora Margarida da Mota Rocha sempre foi alvo de minha admiração e profundo respeito. Desde que a conheci na gestão do ex-prefeito Ronaldo Cunha Lima, como uma dinâmica e inovadora secretária de Educação, ela já dava sinais de que não era um ser humano comum. Tinha uma presença gigante num corpo franzino. Uma alma permanentemente disposta a servir extravasava seu ser, em cada gesto.
Muitos anos depois, qual não foi minha surpresa ao acompanhar novos capítulos na vida da ex-secretária e de uma das primeiras advogadas de Campina Grande: ainda discreta e firme, assumiu a direção da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Campina Grande – APAE-CG. Após aposentar-se, percebeu que uma causa tão nobre quanto a Educação a esperava e não se fez de rogada, mesmo já apresentando sinais de uma saúde fragilizada.
Margarida da Mota Rocha partiu, aos 95 anos de idade, nesta sexta-feira, 15. Ela nos deixa como viveu: serena, discreta e ainda cheia de sonhos em prol de uma humanidade da qual nunca desacreditou. Decididamente, não foi um ser humano comum. Foi um anjo na vida de milhares de famílias. Deixa um exemplo superlativo de amor ao próximo. E isso não é pouco.
Jornalista