Adeus Ano Velho

No entardecer de mais um ano nos colocamos em reflexão. Paramos e olhamos para trás, no nosso pensamento a percepção de que muitas coisas aconteceram, boas ou ruins.

No entanto, já outras, que tanto desejamos e sonhamos alcançar não foi possível torná-las realidade. Mas isso faz parte da caminhada, pois imaginem se todos os sonhos fossem alcançados, o que sobraria para impulsionar nossas vidas?

O fim de mais um ano, querendo ou não, é o encerramento de um determinado período, de uma fase de nossas vidas, sim de uma travessia às vezes revestida tristezas, perdas, decepções, mas também recheada de lutas, de alegrias e novas amizades.

Aliás, dezembro é o mês do nascimento de Jesus Cristo, momento de renovação de fé de esperança, instante em que devemos compreender que não devemos guardar, nem alimentar mágoas e ressentimentos, pois o coração foi feito para abrigar a paz e o amor.

O importante é que vencemos, no decorrer deste ano, todas as intempéries postas em nosso caminho.

A saúde e a paz são bens incomensuráveis, pois com eles encontraremos forças para continuar vencendo a longa estrada da vida, lutando por dias melhores, por um mundo de menos fome, miséria e preconceitos.

Este ano, como os últimos, sem dúvida, foi um ano rápido. Hoje já é dezembro, que velocidade!

Incrivelmente tão depressa passamos pelo carnaval, Semana Santa, São João, festa das Neves e surpreendentemente – dezembro descortina-se novamente em nosso caminho.

É hora de redirecionamento de ações, de condutas e atitudes. As esquinas por onde passamos este ano, continuaram atestando que a sociedade dos desprovidos é vizinha da dos abastados, destinos infinitamente antagônicos, mas que sempre se encontram em alguma outra esquina da vida, num ensinamento divino constante apontando ao homem que só com solidariedade, amor e fé encontraremos a felicidade.

A tão falada evolução dos tempos é extrema e desigual, consigo traz a ansiedade, o medo, a solidão e a incredulidade para o âmago do homem do Século XXI.

Essa situação há de ser mudada e, para tanto, só olhando às calçadas da fome, da prostituição, dos miseráveis, da moradia de alguns, da sorte e do azar de outros, do cidadão trabalhador e do sonhador conseguiremos ultrapassar semáforos de uma vida modernamente desumana e de frieza polar.

Por isso, é que nesse fim de ano, mergulhemos silenciosamente em reflexão, quebremos os muros imperceptíveis, frutos do medo e da desconfiança que, hoje, circundam a humanidade.

Saibamos, pois, perdoar os olhares infiéis, os sorrisos aleivosos e as falas travestidas. Que, em 2025 promovemos da solidariedade sem olhar a quem. Exercitemos o perdão, pois como nos ensina Chico Xavier: “O bem que praticares, em algum lugar, é teu advogado em toda parte.

Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. A calmaria, muitas vezes nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.

Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: Não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja.”.

Feliz 2025 – muita paz.

Onaldo Queiroga

Onaldo Rocha de Queiroga é natural de Pombal, formou-se em Direito em 1987, ocupando diversos cargos na área, em várias cidades paraibanas. Atualmente é juiz da 5ª Vara Cível de João Pessoa e ocupa o cargo de juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba. Ingressou na literatura com o livro Esquinas da Vida e prosseguiu com Baião em Crônicas, Reflexões, Por Amor ao Forró, Crônicas de um Viajante, Meditações, Monólogos do meu Tempo; Efeitos, Homíneos e Naturais.

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