As Secretarias de Estado da Segurança e Defesa Social (Sesds) e da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (Seirhma), por meio da Gerência Executiva da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar, realizaram, na tarde deste domingo (28), uma ação de mapeamento das áreas de risco em João Pessoa. O trabalho foi feito com um sobrevoo de 45 minutos, no helicóptero Acauã e equipe do Grupamento Tático Aéreo (GTA), partindo do Centro de Convenções, apontando as regiões mais sensíveis e com perigo de desabamentos depois das fortes chuvas dos últimos dias.
A equipe sobrevoou a ladeira que interliga os bairros de Mangabeira e Valentina, o Terminal Rodoviário e as Comunidades São José, Saturnino de Brito, Timbó (Bancários), São Rafael (Castelo Branco) e do S (Baixo Roger); além da barreira do Cabo Branco e a Praça de Iemanjá.
De acordo com o gerente da Defesa Civil estadual, George Saboia, a ação foi muito produtiva no sentido de identificar áreas que necessitam de providências. “Os pontos mais críticos foram verificados na barreira da BR- 230, no bairro Castelo Branco, assim como na Comunidade do S, no Baixo Roger, com risco de deslizamento”, explicou. Ele adiantou que vai encaminhar relatório à Seirhma para adoção de medidas necessárias e tomada de providências.
As fortes chuvas registradas em João Pessoa na sexta-feira (26), atingiram 167.8mm, superando em mais de 60% o volume médio histórico de 30 anos da cidade para fevereiro em apenas oito horas, que é de 101,1 mm para o mês inteiro.
De acordo com George Saboia, a Defesa Civil registrou na sexta-feira em toda cidade vários pontos de inundação das calhas dos rios, alagamentos em vias urbanas dos diversos bairros, tombamento de árvores, queda de raios, eventos estes causando danos em residências, infraestrutura urbana, de baixa magnitude, contudo não há registo de desabrigados ou desalojados no município.
“Os órgãos setoriais do município que compõem o sistema Defesa Civil, atuaram nas ações e intervenção no sentido de mitigar e minimizar os efeitos e danos causados pelas chuvas atípicas de grande intensidade ‘, ressaltou.
O tenente coronel Paiva Neto, do 1º Comando Regional do Corpo de Bombeiros Militar, avaliou que no monitoramento foi possível identificar que a água já baixou consideravelmente em algumas áreas e outras continuam encharcadas, sem deslizamentos recentes de barreiras, mas será feito o trabalho de reavaliação constante para saber onde é necessário atuar. “As ações preventivas de visitas e atendimento às comunidades continuam, em parceria com a Defesa Civil”, afirmou.
O comandante do Grupamento Tático Aéreo, major Carlos Nascimento, informou que o GTA atua no sentido de apoiar a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, trabalhando em conjunto desde as primeiras chuvas e em outras ações como realização de resgate, não só na Região Metropolitana de João Pessoa, mas em todo o Estado.
“O GTA é um grupamento multimissão e, como parte operacional da Sesds, cumpre missões relacionadas a todas as ações no Estado. Nesse sentido, todos esforços estão sendo direcionados para o emprego das aeronaves (Acauã 1 e 2) nas ações de Defesa Civil, bombeiros, resgates, entre outras ações que necessitam do vetor aéreo”, explicou o comandante do GTA, major PM Carlos Nascimento.