Professora e assistente social ressalta trabalho destes profissionais no combate à pandemia
Assim como profissionais da saúde, assistentes sociais estão expostos ao risco de contágio pela covid-19, conforme alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O relatório “Antecipar, preparar e responder a crises: investir agora em sistemas de SST resilientes”, divulgado ontem (28) em virtude do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, revela que 136 milhões de profissionais da saúde e da assistência social correm o risco de contrair covid-19 no ambiente de trabalho.
O trabalho do assistente social não parou com a pandemia. Eles atuam na prestação de diversos serviços, desde a viabilização de um documento pessoal a uma pessoa em situação de rua, por exemplo, e também com situações que envolvem violências, negligências, negações de direitos e necessidade de proteção social de qualquer tipo: para crianças e adolescentes, pessoas idosas, mulheres vítimas de violência doméstica, entre outros.
De acordo com a assistente social, professora e pesquisadora Shellen Galdino, a pandemia da covid-19 não é uma luta apenas no âmbito da saúde pública, “mas um combate a partir das expressões sociais de uma sociedade extremamente desigual, como a do Brasil”, avalia.
Shellen ressalta que o trabalho do assistente social no enfrentamento à pandemia ocorre também na política de assistência social, de previdência social e serviços do Poder Judiciário, do sistema penitenciário, conselhos tutelares e muito mais.
“Como são serviços essenciais, não tiveram como parar e são fundamentais para o atendimento de milhões de pessoas que encontram-se em situação de risco e vulnerabilidade social, não só por situações de pobreza, mas, sobretudo, por violações de direitos”, explica a professora Shellen Galdino, que também atua como assistente social no Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa.
Fonte: Felipe Gesteira/Assessoria