Parque Arruda Câmara abre campanha do Dia Nacional de Urubuzar que visa proteger animais silvestres

Com atividades educativas, através de exposição de animais taxidermizados, distribuição de panfletos e conversas com os visitantes, teve início na manhã deste sábado (13), no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), as ações promovidas pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam) pelo Dia Nacional de Urubuzar – 15 de novembro. A iniciativa, visa prevenir atropelamentos de animais silvestres nas estradas, é realizada em parceria com o Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE), a 1ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (1ª CPRv), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Posto Opção.

Na ação foram expostos animais taxidermizados, de espécies que geralmente são vítimas de atropelamentos, como o bicho-preguiça, jacaré, guaxinim, cachorro-do-mato, entre outros. A atividade foi acompanhada por explicações dos educadores ambientais sobre os números alarmantes de casos de atropelamentos ocorridos nas rodovias brasileiras, como também sobre a importância de se registrar os acidentes presenciados para obter dados a respeito de pontos que oferecem riscos à fauna.

“A nossa atividade na Bica, que marca a abertura do Dia Nacional de Urubuzar, é fazer parte do Sistema Urubu, pois também recebemos aqui animais trazidos pela Polícia Ambiental que foram vítimas de atropelamento. Temos a função de educador ambiental para que esses animais sejam mais protegidos ou pelo menos mais respeitados”, afirmou Rogério Ferreira, coordenador do setor de Educação Ambiental da Bica.

O Sistema Urubu, aplicativo que compartilha dados de animais mortos em rodovias, foi lançado em 2014 com o objetivo de mapear as áreas com maior concentração de casos de atropelamentos. Rogério Ferreira explica que esses dados mapeiam os locais mais perigosos do País e isso faz com que sejam direcionadas políticas públicas para tentar sanar essa mortandade de animais atropelados.

“Devido à expansão urbana, os resquícios de mata no País são quase todos cercados por estradas e muitos também já estão sendo utilizados para agricultura. O tamanho dessas áreas de mata vai diminuindo e isso gera estresse nos animais, que saem desses refúgios em busca de alimento e de um local mais tranquilo. Ao saírem, eles acabam encontrando alguma estrada e sendo atropelados”, destacou.

Patrícia Cantisani/Foto: Patrícia Cantisani

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