Renata Arruda lança disco com clássicos de sambas para comemorar 30 anos de carreira

Álbum Roda de Samba Volume 2 disponível nas plataformas digitais é o 2º volume da obra que traz repertório de sucessos e uma música inédita

  1. A cantora e compositora paraibana Renata Arruda estreia na gravadora e produtora Kuarup com o lançamento de novo álbum com sambas clássicos e Foi Embora, um samba inédito de sua autoria, que segundo a artista, foi a maior dor de cotovelo que ela já compôs. Com onze discos na carreira o novo projeto é uma continuação do repertório de canções já lançadas no disco Roda de Samba, gravado na Paraíba em 2013 e lançado no mesmo ano.

O repertório surgiu de vários shows feitos por Renata Arruda em João Pessoa. O espetáculo deu tão certo que os músicos da cantora sugeriram registar todas as canções do espetáculo. Como os shows tinham mais de 25 canções e mais de duas horas de duração, parte do repertório foi lançada no primeiro trabalho e as músicas restantes ficaram guardadas para um novo lançamento, que acontece agora. As músicas foram escolhidas com o único critério: sambas que a cantora gosta de cantar.

Para a gravação do disco foram reunidos músicos amigos que estavam radicados na Paraíba naquele ano, como Potyzinho Lucena no Cavaco, Vinícius Lucena violão de sete cordas, Adriano Ismael contrabaixo, vocais de Geno Costa, Karla Lucena e Ariadne de Lima. No time das percussões temos Alisson Cavalcante, Carlos Patuk, Carlos Moura, Fábio Buru e Max Serrano. Essa roda de samba nasceu quando a cantora ainda residia no Rio de Janeiro e resolveu montar uma banda para fazer shows e animar o verão paraibano de 2013. O show deu tão certo que renderam dois álbuns: Roda de Samba (2013) e Roda de Samba Volume 2, que será lançado no dia 25 de fevereiro. Será o 12º álbum da cantora.

Faixa a faixa:

1) Não Deixe o Samba Morrer (Aloísio/Edson Conceição): música que já foi cantada por tantos artistas importantes como as rainhas Elza Soares e Alcione. É também é uma canção sempre presente na noite do samba brasileiro.

2) Tristeza (Niltinho Tristeza)/ Foi um Rio Que Passou Em Minha Vida (Paulinho da Viola): dois clássicos sambas brasileiros, o primeiro interpretado pelo maravilhoso Jair Rodrigues, e a segunda música hino da Portela, interpretado e composto por outro ídolo da cantora Renata Arruda, o cantor Paulinho da Viola. Mandando a tristeza embora e emendando com Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida, Renata homenageia também, seu pai, Ivanildo Arruda, sambista nato, que adorava cantar esses sambas durante o carnaval.

3) Quem E do Mar Não Enjoa/O Pequeno Burguês/Pra Que Dinheiro/Canta Canta Minha Gente (Martinho da Vila): Homenagem a obra genial de um ídolo do samba e de Renata Arruda, Martinho da Vila. Frequentemente ouvido na casa de seu pai.

4) Na Linha do Mar (Paulinho da Viola): arranjo com batucada descontraída e misturada com esse samba lindo, um clássico. Homenagem a outras duas rainhas do samba, Clementina de Jesus e Clara Nunes.

5) Foi Embora (Renata Arruda): única canção inédita do álbum. Dor de cotovelo clássica. Renata põe para fora uma dor de amor e se pergunta: E agora? O que eu faço sozinha?

6) Caviar (Luiz Grande/Marcos Diniz/Barreirinha do Jacarezinho): canção bem humorada eternizada por mais um de seus ídolos do samba, Zeca Pagodinho. Caviar? Eu só ouço falar.

7) Isaura (Roberto Roberio/Herivelto Martins): Música inicialmente gravada por Francisco Alves. Clássico que também foi apresentado pelo seu pai, Ivanildo Arruda, que tocava na sua batucada Society.

8) Vou Festejar (Neoci/Dida/Jorge Aragão) /Coisinha do Pai (Luiz Carlos/Jorge Aragão/Almir Guineto): homenagem a rainha Beth Carvalho. Sambas eternizados pela cantora que nos deixou e que estão na boca da nação brasileira.

9) Marinheiro Só (Domínio Público): Renata brinca com esse clássico de domínio público, dizendo o nome do estado que nasceu.

10) Meu Sublime Torrão (Genival Macedo): música de 1937, que fala da Paraíba, terra onde nasceu. O samba é considerado o hino da Paraíba.

Sobre Renata Arruda
Nasceu em João Pessoa, no estado da Paraíba. Cantora, compositora e poetisa, aos 19 anos, após participar de um show de Altamiro Carrilho cantando a música Nunca, de Lupicínio Rodrigues, recebeu um elogio de fundamental importância de Elizeth Cardoso: “Essa menina interpretou essa música como todas as cantoras deveriam cantar. Porque ela cantou com a voz, com o corpo e com a alma”.

Renata Arruda lançou 11 CDs na carreira. Traz na bagagem parcerias com Mongol, Sandra de Sá, Zé Ricardo, Nando Cordel, Antônio Villeroy, Ana Terra, Lúcia Veríssimo, Bebeto Alves, Chico César, Zélia Duncan, Paulinho Galvão, José Augusto, Pedrin Gomes, Seu Pereira, Noel Tavares, Paulinho Mendonça, Jades Sales. Possui canções gravadas por Ney Matogrosso (Faço de Tudo), Sandra de Sá (Nós e Faço de Tudo), Xuxa (Preste Atenção, Dança do Sapinho, Rap da Xuxa e A Borboleta), Zé Ricardo (Temperos, Sexta-feira e Gostava de Ir), Carlos Navas (Corpo de Você). Cantou com os grandes nomes da música popular brasileira.

Publicou em 2016 o primeiro livro de poesias intitulado Nua com poesias escritas durante sua trajetória de artista. O projeto se transformou em CD de poesias declamadas por Lucia Verissimo, Du Moscovis, Cissa Guimarães e Renata Arruda, assim como um DVD com as artes do livro em animações e as músicas criadas pela artista. Em 2017 participa do Festival de Inverno de Garanhuns como convidada em homenagem a Belchior.

Em 2018 é lançado nas plataformas digitais o single Saudade de Olinda, música dela com Paola Tôrres, que foi um sucesso no Carnaval em Pernambuco. Em 2019 grava o projeto Nordeste In Natura com músicas autorais em parceria com Paola Tôrres, com as participações especiais de Ney Matogrosso, Chico Cesar e Elba Ramalho, além das consagradas Vó Mera do Coco e Meire Lima.

O trabalho é um resgate de músicas com ritmos típicos nordestinos misturados a uma nova roupagem eletrônica. Em 2021 lança o álbum Forró da Parahyba, um resgate de canções tradicionais com a pegada Renata Arruda e também novas canções autorais além de composições de outros artistas da Paraíba. Dona de uma voz grave e calorosa, a cantora Renata Arruda tem uma carreira respeitável. “Pertenço à família das cantoras que a unidade está na voz da intérprete e não no repertório escolhido”.

Redes sociais

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