Localizados nos dois lados da coluna vertebral, os rins desempenham funções vitais para o funcionamento do corpo e quando apresentam problemas, podem levar à morte. Foi o que aconteceu com a vocalista do Calcinha Preta, Paulinha Abelha, que morreu na quarta-feira (23) após ter dado entrada em um hospital de Aracaju com problemas renais, que evoluíram para uma insuficiência renal.
Paulinha passou mal durante uma turnê realizada em São Paulo e chegou a dizer, durante uma entrevista, que teve um mal-estar antes da conversa. No dia 11 de fevereiro ela deu entrada em uma unidade de saúde.
Clínico geral do Sistema Hapvida, Caciano Vinicius explica que sintomas gerais também são comuns em quem têm problemas renais, sendo eles: mal-estar, indisposição, náusea, dor nas costas e até elevação excessiva de pressão sem outra causa aparente. Outros sinais mais específicos podem ser urina espumosa, inchaço nas pernas ou generalizado.
O especialista alerta que os sinais só costumam aparecer na fase avançada da doença e ressalta que a diabetes e pressão alta devem ser controladas, pois também costumam causar doença renal crônica. “É imprescindível a realização de exames preventivos regulares para identificar possíveis problemas em fase precoce”, apontou.
Hemodiálise – Quando identificada apenas em nível avançado, o problema renal pode causar grave comprometimento da saúde, podendo levar ao coma, que é um período prolongado de inconsciência causado por uma doença ou lesão. “Pode levar a pessoa ao coma com risco de morte. Nessas situações, costuma ser indicada a hemodiálise”, apontou o especialista.
Durante os dias em que esteve internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Paulinha passou pela hemodiálise desde o terceiro dia de internamento, que é o procedimento em que uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo o que o órgão debilitado não consegue.
O processo faz o desvio do sangue para fora do corpo, em uma máquina responsável por filtrar os resíduos e toxinas. Após a ‘limpeza’, o sangue é devolvido ao corpo. Nem sempre é indicada, mas age em substituição ao rim, fazendo o que o órgão debilitado não consegue.
Agravamento – Na última quinta-feira (17), o boletim médico informou que a cantora havia entrado em coma. Na segunda-feira (21), a equipe informou que o quadro clínico era considerado grave, relatando no outro dia que a cantora estava no grau mais profundo de coma, situação que se manteve inalterada até a quarta-feira (23). Devido ao quadro geral, com disfunção neurológica, renal e hepática, ela não resistiu e morreu após 11 dias internada.
Múltipla Comunicação
Assessoria de Imprensa