Com o objetivo de resolver o impasse da ocupação do Edifício Nações Unidas, no Centro da Capital, a secretária Municipal de Habitação (Semhab), Socorro Gadelha, recebe em audiência, nesta quarta-feira (6), às 9h, uma comissão do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) representantes das famílias que ocuparam o prédio. Na reunião serão discutidas as demandas do movimento.
O prédio foi ocupado na madrugada desta terça-feira (5), por cerca de 40 famílias que alegam não ter condições de pagar aluguel e decidiram reivindicar o imóvel para moradia. O Edifício Nações Unidas foi desapropriado pela Prefeitura em 2019 para ser destinado ao funcionamento de mais um shopping popular no Centro da cidade.
Segundo a secretária Socorro Gadelha, que esteve no local, na manhã desta terça-feira (5), atualmente o edifício Nações Unidas não tem condições de habitação, pois apresenta fissuras e riscos de desmoronamento, de acordo com laudo emitido pela Coordenação Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec/JP). “Técnicos do Iphaep e da Semhab estão fazendo uma análise da estrutura do local para tratar da questão da edificação. A ocupação pode apresentar riscos para essas famílias. Todo o quarto andar está com escorramentos por riscos de desabamento”, explicou.
De acordo com Socorro Gadelha, a Prefeitura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) estão analisando o novo projeto de moradia e comércio para o local. “Em aproximadamente três meses daremos início ao processo de licitação para a construção de habitações populares em quatro pavimentos e uma área destinada a estabelecimentos comerciais no térreo do prédio”, revelou
O imóvel – Localizado em uma área tradicional e privilegiada do Centro da cidade – em frente ao Ponto de Cem Réis, o prédio das Nações Unidas conta com cinco pavimentos, com 54 salas que eram destinadas a diversos usos como escritórios e comércio. Além disso, o edifício conta com áreas de circulação, um elevador e uma área de subsolo, totalizando aproximadamente 765 metros quadrados (m²).
Ângela Costa