O presidente da Unimed João Pessoa, Gualter Lisboa Ramalho, informou que, em duas semanas, o atendimento a casos de covid-19 aumentou dez vezes nas unidades próprias do plano de saúde. O número passou de uma média de 50, há duas semanas, para 500 nos últimos dias. Foram registrados cerca de 200 atendimentos no Hospital Alberto Urquiza Wanderley, 200 na telessaúde e 100 no Hospital Pediátrico Unimed.
Apesar do crescimento no número de atendimentos, a taxa de conversão em internação tem sido baixa. Até a meia-noite dessa segunda-feira (20), havia 29 pessoas internadas no Hospital Alberto Urquiza, sendo 22 em enfermaria e sete em UTI – três delas intubadas e duas com previsão de alta para enfermaria.
Gualter Ramalho chamou a atenção para o perfil dos pacientes. Das 29 pessoas internadas, 22 têm acima de 65 anos. “É expressiva a presença de pacientes internados que têm idade elevada e comorbidades”, disse.
Motivo do crescimento
De acordo com o presidente da Unimed JP, ainda se encontra em discussão qual nova variante da Ômicron estaria por trás do aumento dos casos. Mas, alguns outros fatores também explicam o cenário. “A volta das crianças à escola, o relaxamento das restrições, os eventos e a proximidade dos festejos juninos favorecem o crescimento de doenças respiratórias de maneira em geral”, explicou Gualter Ramalho. “Aliado a tudo isso, temos um ambiente também de outras viroses, como Influenza A, B e vírus sincicial [um dos principais agentes de infecção aguda nas vias respiratórias]. Estamos em um período sazonal de transmissão de doenças respiratórias”, lembrou.
Ele alerta que o cenário de hoje é resultado da exposição ocorrida há quinze dias. Por isso, é preciso ter cautela e manter os cuidados para evitar o contágio e a disseminação do vírus. “A expectativa é que o número de casos cresça após o ambiente de festejos juninos. A recomendação é manter um pouco de cautela”, orientou.
Sintomas
Os pacientes atendidos nos serviços próprios da Unimed João Pessoa apresentam síndromes respiratórias de maneira geral, segundo Gualter Ramalho. “No caso da Ômicron, tem uma característica de estar atingindo mais as vias aéreas superiores. Então, ocorrem mais sintomas respiratórios: rinorreia, nariz escorrendo. Enfim, um pouco de dificuldade respiratória, tosse, febre”, disse.
Os pulmões têm sido menos atingidos. Essa variante, como já havia sido observado em janeiro, é mais transmissível, mas menos agressiva.
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Departamento de Comunicação e Marketing