A Prefeitura de João Pessoa segue cuidando da população pessoense, com trabalho de promoção e prevenção à saúde nos serviços da rede municipal, sobretudo, nas últimas semanas, onde novos casos de poliomielite surgiram em outros países. O alerta é para a importância da atualização da caderneta de vacinação das crianças para a imunização contra a poliomielite (pólio), também conhecida como VIP ou VOP.
A paralisia infantil é uma doença muito grave e com alto poder de contaminação, que afeta principalmente crianças. Os sintomas são parecidos com os da gripe e incluem dor na garganta, febre, cansaço e náuseas. O vírus invade o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. A doença não tem cura, mas a infecção pode ser prevenida por vacinação.
“A vacinação é a única forma de prevenir a ação da poliomielite. Por isso, a importância dos chamamentos que fazemos para adesão das campanhas vacinais, independente da faixa etária”, explicou Fernando Virgolino, chefe da seção de imunização da Prefeitura de João Pessoa. “No caso da poliomielite, o esquema vacinal se inicia aos dois meses, sobretudo é importante que os pais fiquem atentos para completar o esquema vacinal de seus filhos, mantenham a caderneta de vacinação sempre atualizada e não relaxem para algo que pode ser evitado e prevenido”, completou.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacinação segue o seguinte esquema: a imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos dois meses de vida, com mais duas doses aos quatro e seis meses, além dos reforços entre 15 meses e aos 4 anos de idade. Na rede pública, as doses de reforço, a partir de um ano de idade, são realizadas com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), que é a ‘vacina da gotinha’.
Poliomielite – No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Sousa, na Paraíba. Assim, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da polio em 1994. A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa com a vacina VOP. A versão, de uso oral, propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na população em geral, com a disseminação do poliovírus vacinal no meio ambiente, em um curto espaço de tempo.
Vacinas – As vacinas são, comprovadamente, o meio mais seguro e eficaz de proteção contra inúmeras doenças infecciosas e funcionam ao simular, de forma segura, uma infecção, sem causar a doença nem efeitos colaterais graves. A partir do momento que as doses são aplicadas, a vacina desencadeia uma série de reações imunológicas, que levam a um estado de proteção (imunidade protetora) contra a doença para a qual a vacina foi desenvolvida.
Para a maioria das vacinas atualmente disponíveis, a imunidade protetora é atribuída à produção de anticorpos que reconhecem o patógeno, agente causador de doença e, o impedem de se multiplicar e causar a doença no indivíduo já imunizado. Dessa forma, quando nosso organismo é atacado por um vírus ou bactéria, nosso sistema imunológico, que atua na defesa, dispara uma reação em cadeia com o objetivo de frear a ação desses agentes estranhos.
Outras vacinas do SUS – A rede municipal de saúde disponibiliza gratuitamente 18 tipos de vacinas que fazem parte do calendário de rotina e Programa Nacional de Imunização (PNI): BCG, Hepatite B, Hepatite A, Pentavalente, DTP, VIP, VOP, Meningocócica C, Pneumocócica 10, Rotavírus, Tríplice viral e Varicela para as crianças. Já para os adolescentes, dT, Hepatite B, Tríplice Viral, HPV e Meningocócica C; e para os adultos, dT, Hepatite B e Tríplice viral.
Lílian Pedreira