A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica aprovou a migração para o mercado livre de energia das primeiras unidades consumidoras da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). Em outubro, a atuação iniciou no reservatório R5, em Campina Grande, e nesta terça-feira (1), em Gramame, na Capital. A mudança para as fontes de energias limpas vai proporcionar à Cagepa uma economia inicial de mais de R$ 3 milhões por ano.
Essas são as primeiras de um total de 35 unidades consumidoras que foram elencadas para, até setembro de 2023, fazerem parte do primeiro movimento da companhia para o mercado livre de energia. De acordo com o assessor da Diretoria de Operação e Manutenção, Antônio Teixeira, a Cagepa deu os primeiros passos para ingressar no mercado livre de energia no ano de 2019. “Na época, contratamos um estudo de viabilidade técnico-financeira das unidades consumidoras do grupo A, que são cerca de 200 unidades, e que representa todas as unidades alimentadas por tensões mais elevadas. O resultado desse estudo selecionou 35 unidades, apontando para uma economia total da ordem de R$10 milhões ao ano”, explicou.
Antônio adianta que já está em planejamento um segundo movimento para o mercado livre. Ele será iniciado em breve e contemplará algo em torno de 90 unidades consumidoras. “Quando efetivarmos esses dois movimentos de migração, teremos contabilizado uma economia da ordem de R$17 milhões ao ano na conta de energia da Cagepa”, disse.
Mercado livre – Atualmente, o mercado de energia pode ser dividido em duas partes: o mercado cativo, que é aquele em que os consumidores são atendidos pela distribuidora da região e não têm poder de negociação do preço referente ao serviço prestado; e o mercado livre, que é voltado para consumidores de grande porte e nele é possível comprar diretamente dos geradores ou empresas comercializadoras energia de fontes 100% renováveis, como solares, eólicas e hidrelétricas.
Além do aspecto de economia a ser contabilizado pela Cagepa, Antônio Teixeira comenta que é importante destacar também o benefício para a preservação do meio ambiente. “Das 35 unidades que migrarão para este mercado, 32 unidades utilizarão energia incentivada, ou seja, energia renovável, seja solar, eólica, hídrica, geotérmica ou por biomassa, entre outras fontes. Isso contribui e muito com o meio ambiente, pois energia renovável não gera gases danosos à atmosfera”, pontuou.