Referência em alta complexidade, o Hospital Alberto Urquiza Wanderley, que integra a rede própria da Unimed João Pessoa, realizou mais uma cirurgia inédita para a medicina da Paraíba. A equipe chefiada pelo cirurgião cardíaco Maurílio Onofre Deininger fez, no dia 5 deste mês, o primeiro hemoenxerto pulmonar, que é um transplante de tecido humano.
O procedimento durou cerca de três horas e beneficiou A.P.L.S, 30 anos, que tem uma doença cardíaca congênita. Segundo Maurílio Onofre, o tecido colocado no coração da paciente é uma valva cardíaca humana, que veio do Banco de Tecidos do Paraná. “Esse é um procedimento novo que oferece, a longo prazo, um melhor resultado cirúrgico do que uma prótese de pericárdio bovino ou porcina. A valva humana tem uma maior durabilidade ”, explicou.
O transplante foi realizado sem intercorrências e a paciente, que já havia sido submetida a duas outras cirurgias (uma na infância e outra já na fase adulta) terá agora mais qualidade de vida. “A paciente terá uma vida normal, sem limitações, como cansaço frequente aos esforços físicos”, explicou.
Além de Maurílio Onofre, a equipe que realizou o primeiro hemoenxerto pulmonar da Paraíba foi composta pelos cirurgiões Orlando Gomes de Oliveira, Daniel Marcelo Magalhães e John Alexander de Freitas, e pela anestesiologista Priscila Gomes Dantas.
O Hospital Alberto Urquiza Wanderley é pioneiro na realização de transplantes na Paraíba. Em 23 de maio de 2004, realizou o primeiro transplante de coração do Estado e, quinze dias depois, o primeiro transplante de fígado. Em 2 de outubro de 2009, realizou o primeiro transplante de rim.
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