“O povo carioca é um povo muito sofrido e batalhador. E ele se identifica muito com São Jorge. Essa que é a devoção bonita, de não desanimar, de não perder a esperança, mas lutar. E isso que é bonito de ver nos devotos de São Jorge. Mesmo nas dificuldades, às vezes na tristeza, na dor, no sofrimento, não desanima. Vão à luta para vencer a ‘batalha”, disse o padre.
De acordo com o próprio Vaticano, a história do santo é considerada lendária, já que muitas narrativas que o envolvem são claramente fantasiosas. A mais famosa delas teria nascido no período das Cruzadas e relata que Jorge teria salvado uma princesa de um terrível dragão que vivia em um pântano na Líbia.
Essa lenda, aliás, é eternizada por muitas imagens do santo, que o retratam montado em um cavalo, espetando sua lança em um dragão.
Desde 1969, as festas em sua homenagem são consideradas apenas facultativas pela Igreja Católica, devido à ausência de algumas informações sobre sua vida. “Como no caso de outros santos envoltos em lendas, a história de São Jorge serve para lembrar ao mundo sobre uma ideia fundamental, de que, no fim, o bem triunfa sobre o mal”, informa o site oficial do Vaticano.
“O dragão que ele lutou não foi o bicho [retratado nas imagens]. O dragão era a falta de fé quando o imperador Diocleciano [sob cujo governo Jorge teria sido martirizado] convocou todos os governadores e prefeitos e disse que eles deveriam perseguir os cristãos e matá-los”, disse o padre Dirceu Rigo.