Um comportamento obsessivo e persistente, que causa medo e até perigo para a vítima de sua fixação. O stalker é uma pessoa que persegue outra e pode desenvolver um sentimento de posse e desejo de controle na vida de seu alvo. Recentemente, o comportamento passou a ser discutido com a divulgação da série “Bebê Rena” e acendeu o alerta sobre posturas que se enquadram na conduta.
A psicóloga da Hapvida Notre Dame Intermédica, Michelle Costa, explica que os stalkers costumam ser desconfiados, reservados, tensos, cautelosos e hostis. “Apenas o objeto de desejo, a pessoa a qual se destina o ‘amor’, é direcionada a atenção, o controle e domínio”, explica.
Os perseguidores, como também são conhecidos, podem desenvolver um comportamento obsessivo e passar a cercar alguém de forma física ou on-line. Eles monitoram os passos da vítima, insistem em manter um contato que pode ser pessoalmente ou por redes sociais e podem até invadir a privacidade, manipular e ameaçar, em busca de contato e atenção.
Não é preciso muito para despertar seu interesse. A psicóloga explica que um gesto de atenção e simpatia podem ser suficientes para desencadear um desejo de domínio pela vítima. “Depois disso, mesmo que a pessoa se afaste ou tente, ele não abandona o desejo de possuir e controlá-la”, aponta.
Ao ser vítima de uma situação como essa, além de buscar os meios legais para a própria segurança, a pessoa deve buscar ajuda psicológica profissional. “Ela pode se sentir insegura e coagida, passando a ficar reclusa, isolada, temer viver normalmente, o que pode desencadear insônia e depressão”, detalha a profissional.
Já o stalker também deveria ter um acompanhamento médico para lidar com seu comportamento obsessor. De acordo com Michelle, o profissional vai ajudá-lo a tratar a dependência emocional e fixação pelo objeto de desejo, trabalhando pontos que tenham relação com seu quadro, para que possa ter uma vida emocional livre de adoecimento.
O humorista Whindersson Nunes relatou ter sido alvo de perseguição on-line, na qual quatro pessoas distintas o assediaram por anos, enviando mensagens abusivas e até registrando onde ele estava. O artista precisou fazer um boletim de ocorrência para se ver livre das ações. Além dele, diversos famosos e anônimos já relataram situações parecidas.
Crime – No Brasil, o crime de perseguição foi inserido no Código Penal. A punição é de prisão em reclusão de seis meses a dois anos e multa. Há previsão de aumento de até a metade da pena, caso o crime seja praticado contra criança, adolescente ou idoso; contra mulher, por razões da condição de sexo feminino; e por duas ou mais pessoas, ou com uso de arma.
Assessoria de Imprensa
Múltipla Comunicação