presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), Harrison Targino e a Comissão Eleitoral para o Quinto Constitucional, reuniram a imprensa nesta terça-feira (9) para apresentar os trâmites do processo eleitoral para formação da lista sêxtupla para vaga destinada à advocacia no Tribunal de Justiça (TJPB). Essa é a primeira vez na história que a lista será formada pela mesma quantidade de homens e mulheres, devido aprovação da paridade de gênero instituída pela atual gestão da OAB-PB.
A eleição deve acontecer no dia 18 de novembro e as inscrições se encerram no próximo dia 21, data que também se inicia a campanha. Para concorrer, os profissionais devem obedecer alguns critérios, entre eles, ter pelo menos 10 anos de inscrição na Ordem.
“Foi um encontro para que pudéssemos apresentar e tirar dúvidas sobre as eleições para o Quinto Constitucional. A imprensa vem acompanhando esse processo e sempre nos aborda com algumas dúvidas sobre as datas, a paridade e também sobre a questão de propaganda feita pelos candidatos. Esse diálogo é importante para fortalecer a disputa e levar mais informações à sociedade e aos advogados e advogadas”, explicou Harrison Targino.
O presidente da Comissão Eleitoral, Afrânio Melo, chamou a atenção para os prazos que devem ser cumpridos dentro do processo. Destacou ainda os locais de votação que devem ser instalados em João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira. “O processo já iniciou com a abertura das inscrições. Desejamos muita sorte a todos e nos colocamos à disposição para tirar qualquer dúvida que tenham os candidatos”, disse.
Paridade – Harrison Targino lembrou ainda que o processo de escolha da lista sêxtupla terá uma novidade este ano, com a paridade entre homens e mulheres. Serão reservadas três vagas para os homens e três vagas para as mulheres. Ele destacou a conquista que essa medida significa para a advocacia, proporcionando uma disputa mais justa e incentivando a participação feminina na política e nos espaços de poder.
“No Brasil, 53% dos profissionais da advocacia são mulheres e na Paraíba são 48.9%. Percebemos que na história os homens sempre foram beneficiados e, por isso, decidimos adotar a questão da paridade para a escolha dentro do Quinto Constitucional. Apenas seis OABs no país adotaram a medida. Temos orgulho de contribuir para que a Ordem na Paraíba esteja entre elas”, ressaltou.
A advogada Larissa Bonates, secretaria geral adjunta e Corregedora Geral da OAB-PB exaltou a decisão da Ordem em adotar uma lista paritária. “Essa é uma luta perene das mulheres para que pudéssemos realmente estarmos em pé de igualdade nesta disputa. Essa questão foi muito bem acolhida desde o início pelo nosso presidente, Harrison Targino. Essa é uma luta das mulheres, mas como Marina Gadelha costuma dizer, é um avanço civilizatório para toda a sociedade. Todos nós ganhamos com a representatividade feminina. Porque no espaço de liderança e de poder, ainda não temos as mulheres com o poder de decisão”, observou.