A pneumonia é uma doença infecciosa, geralmente causada por bactéria ou fungo. Isso é o que explica o pneumologista do Hapvida Pedro Luis Pompeu, nesta quinta-feira (12), Dia Mundial da Pneumonia, que tem por finalidade esclarecer a população acerca da doença e como preveni-la. “Esta ocorre na parte mais profunda dos pulmões, nas áreas de trocas gasosas, os alvéolos. É causada pela microaspiração de material contaminado da orofaringe”, esclarece o especialista.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, anualmente, são registrados cerca de 900 mil casos de pneumonias. Apesar de a doença acometer pessoas de diversas faixas etárias, o médico ressalta que em idosos as complicações acabam sendo maiores. “A gravidade maior em idosos deve-se a imunosenescência, que é o envelhecimento da resposta imunológica, fazendo que os mecanismos de contenção da infecção estejam diminuídos, causando uma disseminação da doença no pulmão e para a circulação, causando a sepsis”, explana.
Pedro Pompeu afirma que os sinais de alerta para ocorrência da pneumonia variam de acordo com a idade. “Em indivíduos mais jovens, predominam a febre alta, tosse seca ou com secreção, mal estar geral. Pacientes mais idosos nem sempre apresentam febre, a tosse costuma ser menos intensa e geralmente apresentam mudança de comportamento, ficando apáticos, prostrados”, diferencia.
O especialista explica que o diagnóstico se dá por meio de uma boa história clínica, acompanhada de exame físico, radiografia de tórax, hemograma, PCR e dosagem de uréia sanguínea. O médico esclarece ainda que os exames que diagnosticam a pneumonia não possibilitam a indicação da gravidade da doença, mas ajudarão a decidir sobre o local de tratamento e servirão para comparações com os próximos exames no acompanhamento do quadro do indivíduo afetado pela doença.
Já a gravidade da pneumonia é definida usando-se dois métodos de avaliação, validados internacionalmente, que são o PSI e o Curb-65. “No Brasil, usamos preferencialmente o Curb-65, que avalia a confusão mental, uréia sanguínea, frequência respiratória, pressão sistólica ou diastólica, e pontuações que definem se o tratamento é domiciliar, hospitalar em enfermaria ou hospitalar em UTI”, elucida.
Tratamento e Prevenção – O pneumologista do Hapvida Pedro Pompeu lembra ainda que a pneumonia possui tratamento e varia de acordo com o tipo da doença. “O tratamento é feito através de antibióticos nas pneumonias de origem bacterianas; nas virais, para alguns tipos temos antivirais; e nas fúngicas, utilizamos antifúngicos”, esclarece.
No que diz respeito à prevenção, o especialista informa que esta é parcial dependendo da causa. “Mas são indicadas as vacinas antipneumocócicas, as antigripais, que muitas vezes predispõem a uma co-infecção bacteriana e cuidados de higiene oral, principalmente em idosos. Além, claro, de uma boa alimentação”, elenca.
O médico aproveita a oportunidade para lembrar a população que a pneumonia é uma doença que mata. “Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a pneumonia é a primeira doença que mais causa morte do ser humano. No Brasil, é a terceira, mas infelizmente não têm o destaque merecido”, finaliza.
Assessoria de Imprensa
Múltipla Comunicação