Ela está entre os sete pecados capitais e representa, segundo o dicionário, o “vício de comer e beber em excesso”. A gula pode conduzir o indivíduo a sérios problemas de saúde, entre eles, a bulimia, que é um transtorno alimentar caracterizado pelo consumo excessivo de alimentos, ou seja, comer compulsivamente, logo após, induzir rapidamente a eliminação do que se ingeriu, provocando vômito ou fazendo uso de laxantes.
Nesta terça-feira (26), Dia da Gula – sim, há uma data para ela! -, a psicóloga do Sistema Hapvida, Michelle Costa, explica que a bulimia não pode ser considerada uma gula, mas que pode induzir o sujeito ao problema. “A gula acrescida de um arrependimento incontrolável por ter comido pode levar as pessoas a desenvolver uma bulimia”, enfatiza.
Entre as causas para este distúrbio alimentar, estão os problemas psíquicos (mental ou comportamental) com relação à autoafirmação, aceitação corporal e cobrança pelo padrão de beleza exigido pela sociedade atual. Michelle Costa afirma que o diagnóstico é complexo e delicado, deve-se ter acompanhamento psicológico adequado. Além de uma equipe multiprofissional. “É um transtorno que tem cura, mas o tratamento é longo e exige a atuação de nutricionista, médicos e psicólogos”, elenca.
A psicóloga lembra que a bulimia é uma doença sutil e delicada, que geralmente se manifesta mais em mulheres, adolescentes e jovens. O diagnóstico é difícil, porém, ao menor sinal de dificuldade na alimentação, é necessário ficar em alerta, principalmente, pais de filhas adolescentes.
Devemos observar os fatores de risco para bulimia. É possível apontar uma desnutrição, perda do tecido muscular, aquisição de doenças oportunistas, por conta da má alimentação, entre outros problemas.