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Cícero abre curso de manipulação de alimentos e projeta oportunidades no setor de turismo e serviços

Qualificação e tecnologia em favor de uma política que garanta a saúde alimentar e oportunidades de trabalho. Esses são os pilares do curso de manipulação de alimentos, oferecido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec), em parceria com a Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizado nesta sexta-feira (26), no Hotel Nord Luxxor, na Praia do Cabo Branco. O prefeito Cícero Lucena abriu a capacitação dizendo que esse setor vive uma demanda crescente de serviços, impulsionado pelo crescimento do turismo em João Pessoa.

De acordo com o prefeito, o trade turístico deve abrir 11 mil novos leitos com o Polo Turístico Cabo Branco, que está com obras em andamento. O setor de bares e restaurantes também está aquecido, criando um cenário que se vislumbra de ótimas oportunidades para os participantes do curso. “Nosso papel que é cuidar da cidade, é estar atento a tudo aquilo que venha a colaborar para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Eu tenho uma visão muito clara, muito ampla e sou incansável no sentido de sempre querer mais – e essa é uma oportunidade que nós queremos seguir multiplicando nessa área”, projetou o prefeito.

O curso é oferecido por meio do Programa Qualifica João Pessoa – uma plataforma virtual que já teve mais de 140 mil inscritos e mais de 67 mil pessoas concluíram os cursos ofertados gratuitamente pela Prefeitura de João Pessoa, de acordo com o secretário de Ciência e Tecnologia, Guido Lemos. “Na prática, a plataforma vai dar um certificado para quem trabalha na manipulação de alimentos, que a Vigilância Sanitária leva em consideração como essa pessoa fez essa capacitação. Ou seja, ele tem esse conhecimento, então essa plataforma acompanha, se a pessoa está realmente tendo acesso ao conteúdo, no final faz uma prova e ganha o certificado”, explicou.

O secretário de Saúde, Luis Ferreira, ressaltou o respeito e compromisso com os consumidores e aos órgãos fiscalizadores com a qualificação da mão de obra. “O prefeito repete, de forma reiterada, que fazer gestão pública é cuidar do dia a dia da cidade. É cuidar da nossa rotina, o que a gente faz diariamente. E ter a certeza de que nós temos capacitação, que nós temos órgãos fiscalizadores de grande importância para a qualidade dos nossos alimentos, do que nós consumimos”, afirmou o secretário.

Aline Grisi, diretora de Atenção à Saúde da SMS, disse que esse é o primeiro curso em 31 anos de Vigilância Sanitária. “É um curso importante para qualificar essa mão de obra, garantir que a fiscalização seja ainda mais efetiva e se reflita em alimentos de qualidade sendo oferecidos nos estabelecimentos. Eu acho que esse é a principal motivo, é o principal foco. É uma coisa que já é cobrada – a capacitação de manipuladores. Não é nada que se cobre porque quer, mas porque é obrigatório”, enfatizou.

Max Oliveira

Fotos: Sérgio Lucena

Governo inicia monitoramento do Programa Paraíba que Acolhe em cidades do Sertão

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), deu início nesta semana à etapa 2024 do Monitoramento do Programa Paraíba que Acolhe nos municípios de São Bento e Poço José de Moura. A atividade consiste em visitas aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e às famílias com crianças e adolescentes em situação de orfandade ocasionada pela pandemia da Covid-19 que são beneficiárias do Programa.

A coordenadora Estadual do Paraíba que Acolhe, assistente social Jéssica Juliana, explica que o Processo de Monitoramento é uma etapa obrigatória da gestão e execução direta do Paraíba que Acolhe. Neste ciclo, os técnicos do Programa visitaram os municípios com o objetivo de prestar assessoria técnica e operacional aos serviços socioassistenciais que atendem famílias em situação de orfandade ocasionada pela Covid-19 (Cras, Creas, Conselho Tutelar) que são beneficiárias, no intuito de compreender e atestar a qualidade dos serviços prestados à população e as tratativas em torno desta vulnerabilidade e expressão da questão social.

Também foram realizadas visitas domiciliares às famílias beneficiárias, com o objetivo de consolidar uma aproximação delas com a gestão estadual, conhecer a realidade socioemocional pré e pós-pandemia, e verificar os impactos socioeconômicos ocasionados pelo acesso ao benefício financeiro ofertado pelo Paraíba que Acolhe.

“A maior riqueza dessa fase do monitoramento é da equipe estar mais próxima dessas famílias, fazer um levantamento da condição de orfandade pela Covid-19 no Estado. Nosso objetivo é de aferir quais os reais impactos que o Programa Paraíba que Acolhe vem trazendo para essas crianças, adolescentes e suas famílias extensas, que foi quem assumiu os cuidados com elas com o falecimento de seus genitores. Além disso, a partir de um olhar multiprofissional, podemos entender quais as principais demandas sociais, jurídicas e psicológicas em que se encontram essas famílias, bem como traçar estratégias de ação, visando um acolhimento que não se resuma à transferência da renda, mas que assuma um papel orientador para que elas tenham mais acessos através de nossa intervenção”, explica Jéssica Juliana.

A coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), da cidade de São Bento, Saislany Sheury, falou como foi importante o Paraíba que Acolhe, que “casou” com um projeto existente no município, o Acolher Covid, e foi por meio dele que identificaram a família beneficiária.

Segundo a coordenadora, “o monitoramento in loco na Assistência Social é uma prática fundamental para garantir a eficácia e a qualidade dos serviços prestados às famílias beneficiadas pelo Programa Paraíba que Acolhe. Ao estar presente fisicamente nos locais onde os serviços são oferecidos, os profissionais podem observar as condições de vida  desses usuários, assim identificando necessidades emergentes possibilitando uma melhor avaliação e o impacto dessas intervenções. Com isso, dialogamos sobre o processo de identificação da família cadastrada no referido programa, bem como do acompanhamento dessa família realizado pela equipe de referência PAIF. O monitoramento foi um momento único, de troca de experiências e compartilhamento de informações sobre a família em questão”.

Residente na cidade de Poço José de Moura, Francisca Wanda Vieira Estrela – hoje com 17 anos -, após perder a mãe em acidente automobilístico, e o pai casar novamente, ela e o irmão passaram a morar com um tio paterno. Na pandemia, o pai contraiu Covid e faleceu, atualmente é uma das beneficiárias do Paraíba que Acolhe.

“Hoje moro como uma tia-avó, devido a situação de dificuldades que passa a família, o valor que passei a receber do Paraíba que Acolhe foi um alivio, fez com que pudéssemos respirar, me ajuda a custear minhas despesas com deslocamento à cidade de Cajazeiras, onde curso Informática. E o valor recebido da pensão do meu pai, mantenho numa poupança para custear minha universidade”, relatou Wanda Vieira.

Paraíba que Acolhe – O Programa consiste na concessão de auxílio financeiro de R$ 534,32 mensais às crianças e adolescentes que ficaram órfãos – situação de orfandade bilateral (morte de ambos genitores, pelo menos um deles de covid-19) e orfandade monoparental (quando a criança/adolescente era cuidada apenas por um dos genitores e este veio a falecer de covid-19). Em ambos os casos, a criança ou adolescente deverá estar sendo cuidada pela família extensa (avós, tias, tios, irmãos mais velhos, etc.).

O benefício será pago até o alcance da maioridade civil (18 anos), assegurando o direito à garantia da vida, saúde, educação, lazer e acesso à alimentação. Somente na Paraíba, mais de 740 crianças ou adolescentes estão órfãs de pai e mãe e têm direito ao auxílio.

Câmara Federal analisará decreto, a pedido de conselheira paraibana, que pode acarretar problemas na formação de médicos

A Câmara dos Deputados vai realizar uma audiência pública para debater o Decreto 11.999/24, que implementa mudanças que prejudicam o funcionamento da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e colocam em risco a qualidade da formação dos futuros especialistas no País.

A audiência foi solicitada ao deputado Nikolas Ferreira pela médica, conselheira do Conselho Federal de Medicina (CFM) pela Paraíba, Annelise Meneguesso.

“Ficamos estarrecidos com as mudanças, uma vez que foram implementadas sem a prévia discussão com a Comissão Nacional de Residência Médica. Sabemos que isso não é o suficiente, mas é o primeiro passo, o mais importante para que consigamos derrubar esse Decreto. Precisamos aprovar o PL do deputado Professor Luizinho que já está nas mãos do presidente Arthur Lira. Agradeço ao deputado Nikolas Ferreira por ter se sensibilizado com a causa médica e por atuar em defesa da proteção da saúde da população”, disse Annelise Meneguesso, estendendo o agradecimento aos deputados Doutor Frederico e Doutor Luizinho.

De acordo com a médica, o Requerimento para realização da audiência pública já foi aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O pedido apresentado pelo deputado Nikolas Ferreira teve a subscrição dos deputados Carla Zambelli, Professor Alcides, Gustavo Gayer, Capitão Alden, André Fernandes, Átila Lira e Sargento Gonçalves.

No Senado – Segundo Annelise Meneguesso, as discussões também devem ser realizadas no Senado. O senador Hiran Gonçalves já protocolou um PDL suspendendo o decreto, que irá em breve para a votação. O senador Eduardo Girão também demonstrou preocupação com a situação das residências médicas. “Ele se colocou à disposição de levar o tema ao Senado e discutir essa pauta tão importante para a comunidade médica e para a sociedade em geral. Estamos trabalhando diuturnamente em prol da medicina brasileira”, frisou.

Saiba mais – O Decreto não foi discutido com a classe e provoca transformações na Comissão Nacional de Residência Médica e no exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de programas de residência médica e das instituições que os ofertam.

A médica alertou ainda que formar médicos de má qualidade é um risco para a população. “Temos uma grande preocupação com o tema, pois formar médicos de má qualidade, que é o que temos visto com a abertura indiscriminada de escolas, é um risco à saúde da população. Pior ainda é formar especialista de qualidade ruim. Por isso, precisamos tratar o assunto com muita responsabilidade”, disse.

Acompanhantes ganham massagem durante permanência em hospita

Estar em um ambiente hospitalar pode trazer tensão e mexer com as emoções, tanto para o paciente quanto para quem está ao lado dele. Para promover bem-estar e o acolhimento ao público, o Hospital Alberto Urquiza Wanderley (HAUW), unidade própria da Unimed João Pessoa, está oferecendo, ao longo deste mês, atendimento de massoterapia para os acompanhantes.

A prática traz benefícios para o corpo e a mente, diminuindo as tensões, promovendo relaxamento físico e mental. Valéria Henrique está acompanhando um familiar no Hospital Alberto Urquiza há alguns dias. Ela foi uma das beneficiadas com a sessão de massoterapia disponibilizada aos acompanhantes. “Fiquei muito satisfeita com essa ação. É importante para nós que ficamos muito tempo no hospital. Participar desse momento nos deixa um pouco mais leves, nessa situação de estar acompanhando um ente querido”, disse.
A ação integra as atividades da Semana de Experiência do Paciente e está sendo realizada pelo Núcleo de Relacionamento e Experiência do Cliente (Nurex). Para finalizar as atividades, na segunda-feira (29), será realizada uma apresentação especial com as crianças e adolescentes do Coral Jovem Instituto Unimed João Pessoa, no hall de entrada do Hospital Alberto Urquiza, às 17h.

*ATENÇÃO NO CUIDADO*
Para melhorar o relacionamento entre os pacientes e seus familiares com a equipe de saúde do Hospital Alberto Urquiza, e oferecer a melhor assistência, o Nurex realiza algumas ações principais.
Entre as iniciativas está a atencipação de conflitos, onde a equipe alinha com o paciente e seus familiares as expectativas e necessidades ainda nas primeiras 24 horas de admissão do paciente na unidade. Outra ação importante é acolher o paciente que queira registrar qualquer manifestação relacionada ao atendimento recebido.
Outra iniciativa de humanização e cuidado centrado no paciente é a atuação do Serviço Social, que oferece suporte emocional e prático aos pacientes e seus familiares. A equipe atua ainda na desospitalização segura, facilitando a transição do paciente para a alta hospitalar. Além disso, há ainda as orientações e acolhimento dos familiares no caso dos pacientes em cuidados paliativos, abraçando a complexidade física, emocional e espiritual.

Prefeitura libera R$ 1,5 milhão do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para fortalecer projetos e ações de 30 instituições

A assistência social em João Pessoa está recebendo o investimento de R$ 1,5 milhão para fortalecer projetos e o cuidado com a população infantil. Os recursos são provenientes do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) e foram liberados pelo prefeito Cícero Lucena, nesta sexta-feira (26), para beneficiar 30 instituições.

A solenidade aconteceu no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria. As instituições foram contempladas no edital 001/2024 – cada uma recebe o valor de R$ 50 mil. Cícero Lucena destacou a importância e o reconhecimento das entidades, no trabalho, com amor, que protege as crianças do trabalho infantil e outras violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Eu acredito muito no amor para que nossas ações possam ser multiplicadas. Então, além deles cuidarem dessas crianças, eles são exemplos para que outros também adotem esse procedimento. A Prefeitura está junto com eles – está mais próximo daqueles que mais precisam, que é a nossa missão e é o nosso desejo de fazer uma gestão mais justa, humana e solidária”, afirmou o prefeito.

A secretária executiva de Direitos Humanos e Cidadania, Benicleide Silvestre, fez um relato pessoal para reforçar a importância que as entidades possuem no cuidado com o público infantil. Ela disse que essa assistência forma uma rede de proteção e que faz a diferença na vida das crianças e adolescentes mais vulneráveis.

“Tantas instituições aqui reunidas para executar um trabalho, pela política da assistência social e demais políticas, e um trabalho que me fez muita falta na minha infância. Minha mãe ficou viúva, com 30 anos e 8 filhos para criar. Então, naquela época, não existiam essas instituições que pudessem me acolher juntamente com os meus irmãos. Só de saber que as nossas crianças têm um lugar para estar no contraturno da escola, para ter alimentação, para ter um cuidado técnico, para ter um encaminhamento de vida, isso refrigera a minha alma”, relatou a secretária.

José Geraldo de Aguiar Silva, presidente do FMDCA, explicou que, no edital, as instituições respondem com seus projetos e é feito todo um processo de análise documental, em seguida dos planos de trabalho, e por fim, são selecionadas conforme o orçamento previsto para esse investimento.

“Hoje nós estamos aqui fazendo essa assinatura e a partir do mês de maio as instituições vão estar executando seus projetos, que têm como finalidade, no geral, de prevenção ao trabalho infantil, de combate às violências contra crianças e adolescentes. E aí, o Município de João Pessoa, ele é um grande parceiro, ele é o investidor para que essa política pública voltada à criança e adolescente tenha êxito”, garantiu.

Padre George, que coordena as atividades da Associação São Padre Pio, agradeceu a execução desses recursos, dizendo que eles farão a entidade ampliar sua assistência. “A nossa querida João Pessoa conta muito com o apoio da Prefeitura, da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, e eu creio que as instituições apresentam a resposta no cuidado de tantas demandas na área social. Então, em nome das entidades, eu quero expressar essa gratidão e dizer muito obrigado pelo apoio”, agradeceu.

Confira a relação das instituições aqui: https://hipl.at/QBc4.

Juízes do TJPB participam de oficina que aborda pesquisa científica e notas técnicas em Saúde

Magistrados, magistradas e assessores do Tribunal de Justiça da Paraíba estiveram reunidos, na Escola Superior da Magistratura (Esma), para realização do segundo e último dia da 2ª Oficina do Projeto ProAdi-SUS. O evento inédito no Estado foi recepcionado pelo Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário (NatJus-PB), com a colaboração do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês (HSL).

Durante as palestras, na quinta-feira (25), a equipe de pesquisadoras do HSL discutiu com juízes e juízas do TJPB que atuam em demandas da Saúde a temática da pesquisa científica, além de apresentar os elementos e a função da nota técnica a ser utilizada em processos de saúde pública e suplementar e compartilhou informações sobre o canal de comunicação ‘Rede Magistrados’ para auxílio em consultas rápidas nessa área do Direito.

Segundo a coordenadora do NatJus-PB, juíza Silmary Alves de Queiroga Vita, a Oficina representa uma ação permanente prevista no Plano Estadual da Política Judiciária de Resolução Adequada das Demandas de Assistência à Saúde, aprovado para o período de 2024-2029, no que se refere a dois eixos de atuação: programa continuado de capacitação dos magistrados em matéria de saúde pública e suplementar e capacitação de profissionais da saúde que integram o Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário.

“Pode podemos constatar que a Oficina realizada constitui um excelente instrumento de informação sobre as especificidades de análise na Medicina, baseada em evidências e é de extrema importância essa disponibilidade das pesquisadoras do Projeto em virem para os estados, permitindo que o maior número de pessoas possível seja envolvido no estudo e debate de um tema tão importante quanto o Direito à Saúde”, comentou Silmary Alves de Queiroga Vita, que é titular da 2ª Vara da Fazenda Pública de Campina Grande.

A magistrada ainda disse que “a partir da Oficina, tanto os integrantes do NatJus-PB, quanto os magistrados (as) puderam tirar dúvidas e desenvolver mais habilidades para atuação em demandas de Saúde.”

De acordo com o juiz da 5ª Vara de Patos e do Núcleo de Justiça 4.0 – Saúde Pública Estadual, Luiz Gonzaga Pereira de Melo Filho, as pesquisadoras do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do Hospital Sírio-Libanês fizeram uma exposição geral acerca do funcionamento desse importante serviço. “Através de um verdadeiro refinamento das evidências científicas, fornece valiosos subsídios para a tomada de decisões judiciais em processos envolvendo saúde pública ou suplementar. As notas e pareceres técnicos atribuem mais segurança, racionalidade e qualidade técnica às decisões neles baseadas”, avaliou o magistrado.

Para a juíza da 9ª Vara Cível de Campina Grande, Andréa Dantas Ximenes, participar da Oficina foi uma experiência enriquecedora e o trabalho foi desenvolvido de forma alinhada com a realidade judicante. “Durante as exposições, pudemos aprender sobre a estrutura e os serviços do NatJus, e, especialmente, como fazer um bom e melhor uso do que ele pode nos oferecer, um conhecimento essencial para o nosso desenvolvimento profissional, no dia a dia forense”, disse;

Ao avaliar a abordagem prática adotada pelas expositoras, Andréa Dantas disse que foi um grande diferencial para otimizar a compreensão sobre o tema e como a magistratura pode utilizar, efetivamente, os recursos disponíveis, maximizando o impacto positivo nas questões de saúde enfrentadas todos os dias. “Estou, sinceramente, grata pela oportunidade e vou procurar aplicar e compartilhar o conhecimento hoje adquirido, promovendo uma melhoria contínua na prestação jurisdicional”, informou a juíza.

Esma promove palestra sobre Justiça acessível e inclusão da pessoa com autismo

Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado no dia 2 de abril, a Escola Superior do Tribunal de Justiça (Esma) promoveu, na manhã desta sexta-feira (26), um webinário sobre o autismo voltado aos(as) servidores(as) e magistrados(as) do Poder Judiciário estadual e, também, ao público em geral. O tema do evento foi ‘Justiça acessível e inclusão da pessoa com autismo’. A temática foi transmitida ao vivo pela plataforma Zoom e através do canal da Esma no YouTube.

O webinário teve como palestrantes a juíza Israela Cláudia da Silva Pontes, especialista em Direito Civil e co-fundadora do Instituto Primeiro Olhar; do advogado Paulo da Luz, que é membro da Comissão de Defesa dos Autistas do Conselho Federal da OAB; e de Sinézio Alves Gomes Júnior, que é técnico judiciário do TJPB e pesquisador na área de Acesso à Justiça da Pessoa com Deficiência.
O evento foi aberto e mediado pela coordenadora pedagógica da Esma, Daiane Lins da Silva Firino. “Qualquer temática de pessoa com deficiência relacionada à vida adulta ou ao envelhecimento são temas ainda que precisam ser mais explorados e estudados”, afirmou Daiane. Ela ressaltou, com base no Censo de 2022, que o país tem mais de cinco milhões de pessoas com diagnóstico de autismo. “Esses dados revelam a importância dessa discussão sobre o autismo”, destacou.

Ao iniciar sua palestra, Sinézio Júnior afirmou que o autismo é um tema atual e que envolve a sociedade como um todo. “A gente não pode fechar os olhos para essa realidade que já existia e que hoje está cada vez mais evidente”, frisou o ministrante, Na sua explanação, ele tratou de temas como sociedade heterogênea; do processo de inclusão social; da crescente atenção à pessoa com deficiência; da visão utilitarista; da desconstrução de conceitos; da igualdade; e de enfrentamento às barreiras.

O advogado Paulo da Luz, que é pai de um filho autista, parabenizou a Esma e o Tribunal de Justiça da Paraíba pela iniciativa de não deixar passar em branco a possibilidade de debater sobre o espectro do autismo. “Pessoas com deficiência, inclusive os autistas, são seres humanos, são cidadãos e são pessoas que precisam ter seu respeito e suas garantias asseguradas, bem como precisam ser vistos”, disse o advogado.

A juíza da 4ª Vara Mista de Santa Rita, Israela Pontes, afirmou que, provavelmente, todas as pessoas poderão ter alguma deficiência ao longo da vida. “A probabilidade da pessoa se tornar deficiente é muito grande, seja por um acidente, uma doença e seja, também, pelo próprio envelhecimento. Nesta idade, aos 80 ou 90 anos, a pessoa possa ter um perda auditiva ou um problema de locomoção. Então a gente precisa lembrar que todos nós, em algum momento da vida, vão enfrentar as dificuldades que um deficiente enfrenta”, observou a magistrada, que é mãe de filho portador da Síndrome de Down.

“Fui a primeira magistrada, com autorização do Tribunal de Justiça da Paraíba, a ter o direito de exercer a jurisdição numa comarca fora de sua titularidade, para que possibilitasse o tratamento do meu filho”, destacou a juíza Israela Pontes, ao ressaltar que o TJPB foi pioneiro ao conceder esse direito no país, após solicitação especial requerida pela magistrada para exerceu sua atividade em outra unidade judicial.

Criação – Criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia 2 de abril foi escolhido para promover a conscientização e o debate sobre o tema. O autismo, chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma síndrome que se manifesta desde a infância. É um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Prefeito e Controlador assinam termo de compromisso técnico com membros do Tribunal Administrativo de Moçambique

O prefeito Cícero Lucena e o controlador geral do Município, Diego Fabrício Albuquerque, apresentaram as boas práticas de governança da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) a uma comitiva do Tribunal Administrativo de Moçambique. A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira (26), no gabinete do prefeito, em Água Fria. Na ocasião, foi assinado um termo técnico de cooperação entre a Prefeitura de João Pessoa e o país africano.

“Aqui, na Paraíba, a comitiva de Moçambique veio conhecer a experiência, os avanços e as conquistas do Tribunal de Contas do Estado. E nós tivemos o prazer, também, de trocar experiências sobre a modernização, a responsabilidade e a transparência que o Município de João Pessoa hoje ocupa, pelos prêmios que já recebeu. Então, para nós é motivo de satisfação esse reconhecimento e, obviamente, disponibilizar a nossa experiência para servir ao país de Moçambique. Estaremos à disposição de colaborar para que eles também consigam avançar em algo que é tão importante na gestão pública que é o controle e a transparência”, afirmou o prefeito.

Entre as cidades mais transparentes do País, João Pessoa conquistou “Selo Ouro” na avaliação do Programa Nacional de Transparência Pública, promovido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) em conjunto com o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

O controlador geral do Município, Diego Fabrício Albuquerque, ressaltou a importância desse acordo de cooperação. “Foi uma oportunidade de trocar experiências e mostrar aos moçambicanos como é que a gente atua e todos os nossos mecanismos de controle, transparência e ouvidoria. Eles saíram daqui extasiados com a possibilidade de replicar esse modelo lá no país africano. Disponibilizamos nosso Portal de Transparência para que eles possam usar nos municípios moçambicanos. Essa é uma história que está só começando, pois vamos instituir uma política pública de cooperação técnica com alguns municípios de Moçambique”, contou.

O controlador completou informando que a comitiva escolheu a Prefeitura de João Pessoa para entender como o poder público paraibano, sobretudo, o pessoense, prestava contas de forma eletrônica perante o Tribunal de Contas. O grupo também realizou visita técnica aos Tribunais de Contas da Paraíba e de Pernambuco durante toda a semana.

Para o juiz conselheiro e chefe da missão, Amilcar Mujovo Ubisse, a troca de experiência com o Município de João Pessoa foi de grande valia. “Nosso principal desafio é primeiro ter um Tribunal de Contas, hoje o que temos é um Tribunal Administrativo que congrega o controle administrativo, fiscal e de contas. Então, estar aqui é aprender como se procede esse processo eletronicamente. E, na Prefeitura de João Pessoa, o que vimos foi um compromisso muito grande com a transparência e a boa governança. Isto é o ponto de partida, pois acreditamos que não basta apenas a quantidade de recursos para se atingir os objetivos, mas sim, a boa governança desses recursos”, frisou.

Integram a comitiva o juiz conselheiro e chefe da missão, Amilcar Mujovo Ubisse; o contador geral da Contadoria de Contas e Auditorias, Jeremias Francisco Zuande; o chefe do Departamento de Infraestrutura e Rede, da Direção de Tecnologia e Sistemas de Informação, Salito Dombole; o vereador de administração e finanças, Lopes Tuende Maunze; os chefes dos serviços de finanças e administração, António Paulino e Vanize Abdul Gani Samo; e a diretora do Programa de Boa Governação Financeira, Lena Weiler; e o especialista sênior em Instituições Superiores de Controle, Carlos Maurício Figueiredo.

Audiência pública debate participação da juventude na criação de políticas públicas da Paraíba

Jovens de diversos segmentos, representantes da sociedade civil e profissionais militantes da inclusão socioeconômica de jovens paraibanos se reuniram, na manhã desta sexta-feira (26), para uma missão especial: debater a participação da juventude no controle social e a situação atual do Conselho Estadual da Juventude no Estado da Paraíba. Liderado pela deputada Cida Ramos, a discussão foi realizada durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba.

Durante a audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Assembleia, a deputada Cida Ramos, presidente da Comissão e autora da propositura, destacou o ambiente vibrante trazido pela presença de numerosos jovens. “Essa casa está em festa, estamos aqui com jovens, de realidades distintas, de diferentes regiões, que representam aqui segmentos da juventude, os mais diversos. Uma coisa é certa, jovens o traço que os une é o desejo de ter uma Paraíba bem melhor do que a que nós temos hoje,” expressou a deputada. Ela enfatizou a diversidade e a união dos jovens em busca de uma realidade melhor para o estado.

A deputada Cida Ramos também ressaltou a importância da participação ativa dos jovens no presente, e não apenas como promessas para o futuro. Ela enfatizou o papel crucial dos jovens como agentes ativos no processo de construção de um estado mais inclusivo e culturalmente rico. “Queremos uma Paraíba em que a juventude possa ter a certeza de que ela não é ser do amanhã, do futuro. Mas que esses jovens podem, hoje, ser sujeitos e partícipes de um processo de construção de uma Paraíba com inclusão, com desenvolvimento econômico, com muita cultura, com muita arte,” afirmou Ramos.

Na ocasião, o secretário Executivo de Juventude da Paraíba, Pedro Matias, destacou a importância da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia em discutir a participação da juventude no controle social, em audiência pública. Matias enfatizou a necessidade de envolver a juventude, que deseja se engajar e protagonizar políticas públicas efetivas. “É uma satisfação discutir com a sociedade civil organizada e representantes do povo questões relacionadas às políticas de juventude, aproximando o governo da população”, afirmou o secretário, ao expressar otimismo quanto aos resultados das discussões, apontando para a qualificação e o engajamento dos jovens que já participam ativamente de movimentos sociais e estudantis, buscando melhorias para a juventude paraibana.

Já o vereador Aécio Cavalcanti, ressaltou que a importância da discussão em prol da juventude e da criação do Parlamento Jovem Estadual a Assembleia da Paraíba. “Nós sabemos que a juventude é o futuro. Então nós temos que ter uma juventude preparada, uma juventude capacitada, com ideias e direitos que possam vir a trazer o melhor para o nosso Estado. Nós fomos pioneiros nessa demanda. Foi um projeto que trouxe para o município algo muito inovador, muito importante, ao qual nós conseguimos levar o Parlamento Jovem de Itatuba a um prêmio nacional na Marcha dos Vereadores, no ano de 2022, e que colocou a juventude local em um patamar elevado com relação a praticar, ter voz e ter vez nas políticas públicas da nossa cidade”, comemorou.

Inclusão e fortalecimento

A indígena Natália Sofia Duarte Santos do Nascimento, da Tribo Potiguara, falou em nome dos jovens presentes, abrindo as falas da tribuna da Assembleia. Ela relatou as condições enfrentadas pelos jovens indígenas em sua comunidade. Residindo na Baía da Traição, Natália enfatizou que sua presença não era apenas como estudante, mas como parte de uma cultura vibrante e um povo resiliente que luta por seus direitos. “Eu me chamo Natália, sou indígena. Estamos aqui para reivindicar nossos direitos e a nossa luta. Nossa escola enfrenta dificuldades, como aulas em salas superlotadas com ventilação inadequada, o que nos levou a pedir aulas ao ar livre, mas essa não uma solução viável para todos os dias,” explicou.

Em sua fala, Natália ressaltou a urgência de abordar as questões indígenas na formulação de políticas públicas e a criação de espaços de participação como o parlamento jovem e o Conselho Estudantil da Juventude. “Eu não tenho vergonha de ser indígena, é um orgulho, é uma satisfação ser indígena, porque nós carregamos histórias. E se for preciso estar aqui mais uma vez, eu virei novamente, porque eu não vou parar”, disse.

O jovem Rubens, membro do Núcleo de Estados Unidos Adolescentes de Cabedelo (NUCA) e representante do movimento estudantil já teve a oportunidade de participar da Conferência Nacional de Educação, representando o Estado da Paraíba. E fez questão de trazer a discussão para a ALPB. “Precisamos fortalecer a juventude de cada município e também do nosso estado para efetivarmos e colocarmos em prática, em execução, as políticas públicas já existentes e também criar novos projetos de leis e políticas públicas para a juventude do estado da Paraíba.

Momento histórico

Para a deputada Cida Ramos, o debate foi um momento histórico para a Casa de Epitácio Pessoa, que iniciará, em breve, o processo de efetivação do Parlamento Mirim. “A efetivação do Parlamento Mirim, que vai abrir aí um edital de seleção, vão poder concorrer jovens de todo o Estado, de escolas públicas, privadas, de diversos segmentos da juventude. Então, é fundamental que os encaminhamentos reforcem esse Parlamento jovem, a presença deles, a realização de audiências regionalizadas. Então é um momento, eu diria… é importantíssimo para Paraíba e para o Legislativo”, finaliza a parlamentar.

Além da parlamentar, presidindo a audiência, a mesa de debates foi composta pelo Secretário de Estado da Juventude, Pedro Matias; pelo vereador e propositor da lei que criou o Parlamento Jovem em Ubatuba, Aécio Cavalcanti Medeiros; pelo advogado e presidente da Comissão da Advocacia Jovem, Matheus Brito Cândido; pela estudante da Escola Estadual Indígena Pedro Poti, Nathalia Sofia Duarte; pelo coordenador do Serviço Pastoral dos Imigrantes, Ricardo Ryan; e pelo tenente-coronel, Elmer Melz.

Prefeitura libera R$ 1,5 milhão do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para fortalecer projetos e ações sociais

A assistência social em João Pessoa está recebendo o investimento de R$ 1,5 milhão para fortalecer projetos e o cuidado com a população infantil. Os recursos são provenientes do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) e foram liberados pelo prefeito Cícero Lucena, nesta sexta-feira (26), para beneficiar 30 instituições.

A solenidade aconteceu no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria. As instituições foram contempladas no edital 001/2024 – cada uma recebe o valor de R$ 50 mil. Cícero Lucena destacou a importância e o reconhecimento das entidades, no trabalho, com amor, que protege as crianças do trabalho infantil e outras violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“Eu acredito muito no amor para que nossas ações possam ser multiplicadas. Então, além deles cuidarem dessas crianças, eles são exemplos para que outros também adotem esse procedimento. A Prefeitura está junto com eles – está mais próximo daqueles que mais precisam, que é a nossa missão e é o nosso desejo de fazer uma gestão mais justa, humana e solidária”, afirmou o prefeito.

A secretária executiva de Direitos Humanos e Cidadania, Benicleide Silvestre, fez um relato pessoal para reforçar a importância que as entidades possuem no cuidado com o público infantil. Ela disse que essa assistência forma uma rede de proteção e que faz a diferença na vida das crianças e adolescentes mais vulneráveis.

“Tantas instituições aqui reunidas para executar um trabalho, pela política da assistência social e demais políticas, e um trabalho que me fez muita falta na minha infância. Minha mãe ficou viúva, com 30 anos e 8 filhos para criar. Então, naquela época, não existiam essas instituições que pudessem me acolher juntamente com os meus irmãos. Só de saber que as nossas crianças têm um lugar para estar no contraturno da escola, para ter alimentação, para ter um cuidado técnico, para ter um encaminhamento de vida, isso refrigera a minha alma”, relatou a secretária.

José Geraldo de Aguiar Silva, presidente do FMDCA, explicou que, no edital, as instituições respondem com seus projetos e é feito todo um processo de análise documental, em seguida dos planos de trabalho, e por fim, são selecionadas conforme o orçamento previsto para esse investimento.

“Hoje nós estamos aqui fazendo essa assinatura e a partir do mês de maio as instituições vão estar executando seus projetos, que têm como finalidade, no geral, de prevenção ao trabalho infantil, de combate às violências contra crianças e adolescentes. E aí, o Município de João Pessoa, ele é um grande parceiro, ele é o investidor para que essa política pública voltada à criança e adolescente tenha êxito”, garantiu.

Padre George, que coordena as atividades da Associação São Padre Pio, agradeceu a execução desses recursos, dizendo que eles farão a entidade ampliar sua assistência. “A nossa querida João Pessoa conta muito com o apoio da Prefeitura, da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, e eu creio que as instituições apresentam a resposta no cuidado de tantas demandas na área social. Então, em nome das entidades, eu quero ex-pressar essa gratidão e dizer muito obrigado pelo apoio”, agradeceu.

Confira a relação das instituições aqui: https://hipl.at/QBc4.

Max Oliveira