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Mega-Sena sorteia nesta quinta-feira prêmio acumulado em R$ 25 milhões

As seis dezenas do concurso 2.725 da Mega-Sena serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, nº 750, em São Paulo.

O sorteio terá a transmissão ao vivo pelo canal Caixa no YouTube e no Facebook das loterias Caixa. O prêmio da faixa principal está acumulado em R$ 25 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

Policiais estão pouco preparados para lidar com LGBTfobia, diz estudo

Pesquisa feita com um grupo LGBTQIA+ na cidade do Rio de Janeiro mostra que, embora a maioria tenha sofrido algum tipo de violência, muitas têm receio de ir a uma delegacia e denunciar o crime. O estudo mostra ainda que quando são registradas, muitas dessas ocorrências acabam sendo arquivadas quando encaminhadas ao Ministério Público. A pesquisa inédita foi feita pelo grupo Pela Vidda, que nesta sexta-feira (17), no Dia Internacional Contra a LGBTfobia, apresenta os dados a policiais civis da capital fluminense.

Os dados mostram que as violências mais recorrentes foram homofobia, relatada por 53,6% dos entrevistados; violência psicológica, por 51,7%; e assédio e/ou importunação sexual, por 45,2%. Ao serem perguntados sobre a probabilidade de recorrerem à polícia em caso de LGBTfobia, a maior parte, 29,3%, disse ser muito improvável que isso seja feito. Apenas 25% disseram ser muito provável que façam a denúncia.

Ao serem questionados se o efetivo policial estaria preparado para atender a população LGBTQIA+, a maioria, 65%, marcou a opção “muito pouco preparado”, enquanto 22,3% marcaram a opção “pouco preparado” e 9,1% marcaram “razoavelmente preparado”. Apenas 3,5% disseram que o efetivo está “bem preparado” ou “muito bem preparado”. Quanto ao tratamento dispensado à população LGBTQIA+, 61,7% dos entrevistados acreditam que os policiais não levam as denúncias a sério.

A pesquisa foi feita com 515 lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais e outros. Os questionários foram aplicados tanto online, quanto em locais e eventos voltados para pessoas LGBTQIA+, como o Mutirão de Retificação de Nome/Gênero para pessoas trans e não bináries, promovido pelo Coletivo Gardênia Azul Diversidade, o Cinema Sapatão, e na própria Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), localizada na Lapa, na região central da cidade.

Entre aqueles que de fato buscaram uma delegacia, 186 pessoas entre as 515 entrevistadas, 28% disseram que a especificação de crime de LGBTfobia foi recusada pela delegacia e 14% disseram que conseguiram fazer o registro, mas apenas depois de insistir.

A discriminação de pessoas LGBTQIA+ é crime no Brasil. Em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo. Faltam ainda levantamentos oficiais que mostrem a ocorrência desse tipo de crime e como ele é tratado no Brasil, de acordo com a diretora do grupo Pela Vidda, a advogada Maria Eduarda Aguiar.

“A LGBTfobia é uma realidade que acontece na vida das pessoas e temos que aplicar a legislação, porque senão estaremos sendo permissivos com práticas que hoje já são consideradas criminosas”, diz. “A gente pode fazer um apanhado disso e falar, com certeza, que a maioria das pessoas que acessam e procuram a delegacia e a Justiça, a maioria delas, muitas vezes, tem seus casos arquivados”, acrescenta.

O grupo fez também um levantamento junto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para acompanhar os casos de LGBTfobia que chegaram ao órgão. Após a denúncia ser apurada pela Polícia Civil, os casos são encaminhados ao Ministério Público para que seja formalizada uma denúncia a ser analisada pela Justiça. Os dados levantados nos últimos quatro anos mostram que menos da metade, 48,6%, dos casos viraram denúncias. Um em cada quatro, 25,7%, foi arquivado.

“Nos últimos quatro anos, tivemos poucos casos denunciados de LGBTfobia”, diz Aguiar. “A pessoa tem sua denúncia frustrada, então ela perde a confiança de que ir à delegacia denunciar vai dar em alguma coisa. Lá na frente, ela tem o risco de do Ministério Público entender que não é crime”.

Polícia Civil

A pesquisa será formalmente apresentada nesta sexta-feira à Polícia Civil, como parte de uma ação para sensibilizar os policiais, melhorar o tratamento nas delegacias e estimular que a população denuncie mais esse tipo de crime.

Segundo a assessora especial da Secretaria de Polícia Civil, Cláudia Otília, a polícia está buscado formas de melhorar a atuação dos policiais. Ela participou, na segunda-feira (13), de evento na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para balanço das políticas públicas para enfrentar a LGBTfobia no estado. Entre as medidas que estão sendo tomadas pela Polícia Civil, Cláudia Otíli citou a criação de um grupo de trabalho voltado para a temática LGBTQIA+, com o objetivo de rever procedimentos e protocolos policiais, e a reestruturação de disciplina cursada pelos policiais durante a formação.

“A gente está institucionalizando dois grupos de trabalho, um para a população LGBTQIA+ e outro para a questão da convivência religiosa respeitosa, para rever protocolos e procedimentos institucionais. Hoje, a disciplina que é ministrada na Acadepol [Academia de Polícia no Rio de Janeiro] está sendo toda revista pelo grupo de trabalho. Então, abrimos a possibilidade de que seja apresentada para nós uma proposta de capacitação escrita tanto pela sociedade civil quanto pelo poder público para que possamos entregar à academia de polícia”, afirmou.

Otília disse ainda que se hoje ela é sensível a causas LGBTQIA+, é porque recebeu capacitação para isso. Por causa disso, a Polícia Civil contará ainda com jornadas formativas. Está em curso uma série de eventos chamada Diálogos pela Igualdade. A primeira reunião, ocorreu no dia 21 de março, Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Nesta sexta-feira (17), haverá o segundo encontro, voltado para o Dia Internacional contra a LGBTfobia, quando o estudo será apresentado.

“Propiciar esses espaços de diálogo, de interação com a sociedade civil, para a gente receber demandas e rever os nossos procedimentos, é muito importante. Claro que isso não basta, mas a gente está iniciando um processo”, acrescentou.

Tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil

Estudo feito por pesquisadores da Fundação do Câncer aponta que o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil. O trabalho foi apresentado nesta quinta-feira (16) pela fundação no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting (GRELL 2024, na sigla em inglês), na Suíça.

Em entrevista à Agência Brasil, o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, o estudo visa a apresentar para a sociedade dados que possibilitem ações de prevenção da doença. “O câncer de pulmão tem uma relação direta com o hábito do tabagismo. A gente pode dizer que, tecnicamente, é o responsável hoje pela grande maioria dos cânceres que a gente tem no mundo, e no Brasil, em particular.”

Cigarro eletrônico

Alfredo Scaff acredita que o cigarro eletrônico poderá contribuir para aumentar ainda mais o percentual de óbitos do câncer de pulmão provocados pelo tabagismo. “O cigarro eletrônico é uma forma de introduzir a juventude no hábito de fumar.” O epidemiologista lembrou que a nicotina é, dentre as drogas lícitas, a mais viciante. O consultor da Fundação do Câncer destacou que a ideia de usar cigarro eletrônico para parar de fumar é muito controvertida porque, na maioria dos casos, acaba levando ao vício de fumar. “E vai levar, sem dúvida, ao desenvolvimento de cânceres e de outras doenças que a gente nem tinha.”

O cigarro eletrônico causa uma doença pulmonar grave e aguda, denominada Evali, que pode levar a óbito, além de ter outro problema adicional: a bateria desse cigarro explode e tem causado queimaduras graves em muitos fumantes. “Ele é um produto que veio para piorar toda a situação que a gente tem em relação ao tabagismo.”

Gastos

O estudo indica que o câncer de pulmão representa gastos de cerca de R$ 9 bilhões por ano, que envolvem custos diretos com tratamento, perda de produtividade e cuidados com os pacientes. Já a indústria do tabaco cobre apenas 10% dos custos totais com todas as doenças relacionadas ao câncer de pulmão no Brasil, da ordem de R$ 125 bilhões anuais.

“O tabagismo não causa só o câncer de pulmão, mas leva à destruição dos dentes, lesões de orofaringe, enfisema [doença pulmonar obstrutiva crônica], hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral [AVC] ou derrame. Ele causa uma quantidade enorme de outras doenças que elevam esses valores significativos de gastos do setor público diretamente, tratando as pessoas, e indiretos, como perda de produtividade, de previdência, com aposentadorias precoces por conta disso, e assim por diante”, afirmou Alfredo Scaff.

Para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o surgimento no Brasil de 14 mil casos em mulheres e 18 mil em homens. Dados mundiais da International Agency for Research on Cancer (IARC), analisados por pesquisadores da Fundação do Câncer, apontam que, se o padrão de comportamento do tabagismo se mantiver, haverá aumento de mais de 65% na incidência da doença e 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, em comparação com 2022.

O trabalho revela também que muitos pacientes, quando procuram tratamento, já apresentam estágio avançado da doença. Isso ocorre tanto na população masculina (63,1%), como na feminina (63,9%). Esse padrão se repete em todas as regiões brasileiras.

Sul

O estudo constatou que na Região Sul o hábito de fumar é muito intenso. O Sul brasileiro apresenta maior incidência para o câncer de pulmão, tanto em homens (24,14 casos novos a cada 100 mil) quanto em mulheres (15,54 casos novos a cada 100 mil), superando a média nacional de 12,73 casos entre homens e 9,26 entre mulheres. “Você tem, culturalmente, um relacionamento forte com o tabagismo no Sul do país, o que eleva o consumo do tabaco na região levando aí, consequentemente, a mais doenças causadas pelo tabagismo e mais câncer de pulmão”, observou Scaff.

Apenas as regiões Norte (10,72) e Nordeste (11,26) ficam abaixo da média brasileira no caso dos homens. Já em mulheres, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste ficam abaixo da média brasileira com 8,27 casos em cada 100 mil pessoas; 8,46; e 8,92, respectivamente.

O Sul também é a região do país com maior índice de mortalidade entre homens nas três faixas etárias observadas pelo estudo: 0,36 óbito em cada 100 mil habitantes até 39 anos; 16,03, na faixa de 40 a 59 anos; e 132,26, considerando maiores de 60 anos. Entre as mulheres, a Região Sul desponta nas faixas de 40 a 59 anos (13,82 óbitos em cada 100 mil) e acima dos 60 anos (81,98 em cada 100 mil) e fica abaixo da média nacional (0,28) entre mulheres com menos de 39 anos: 0,26 a cada 100 mil, mesmo índice detectado no Centro-Oeste, revela o estudo.

Em ternos de escolaridade, o trabalho revelou que, independentemente da região, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão tinha nível fundamental (77% para homens e 74% para mulheres). A faixa etária de 40 a 59 anos de idade concentra o maior percentual de pacientes com câncer de pulmão: 74% no caso dos homens e 65% entre as mulheres.

Embora as mulheres apresentem taxas mais baixas de incidência e de mortalidade do que os homens, a expectativa é que mulheres com 55 anos ou menos experimentem diminuição na mortalidade por câncer de pulmão somente a partir de 2026. Já para aquelas mulheres com idade igual ou superior a 75 anos, a taxa de mortalidade deve continuar aumentando até o período 2036-2040.

PL sobre adaptação a mudanças climáticas é aprovado no Senado

O Senado Federal aprovou, na noite dessa quarta-feira (15), o Projeto de Lei (PL) 4.129/2021, que estabelece regras para a elaboração de planos de adaptação às mudanças climáticas.

Aprovado no plenário em votação simbólica, o texto substitutivo foi apresentado pelo relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Jaques Wagner (PT-BA). Como houve modificações, a proposta foi enviada à Câmara dos Deputados, para nova análise.

O texto reúne diretrizes propostas para a gestão e a redução do risco climático, a partir da adoção de medidas econômicas e socioambientais com o objetivo de adaptar os sistemas produtivos e de infraestrutura. A proposta determina a elaboração de um plano nacional de adaptação à mudança do clima, que deverá ser elaborado em um ano e orientará planos estaduais e municipais.

Além de alinhados à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, os planos deverão fomentar a agricultura de baixo carbono e garantir segurança alimentar e nutricional, hídrica e energética.

No relatório, Jaques Wagner destaca a urgência apontada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas na efetivação de medidas que garantam a segurança aos sistemas naturais e humanos:

“As regras propostas harmonizam-se com os preceitos constitucionais que determinam o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e à sadia qualidade de vida.”

O PL de autoria da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2022. No Senado, foi modificado na Comissão de Meio Ambiente e posteriormente na CCJ.

A proposta será ainda revisada pela Câmara dos Deputados para análise das alterações. Se aprovadas, o PL será enviado à sanção presidencial.

Parte da tragédia no Rio Grande do Sul foi causada por ação humana

O professor Roberto Reis, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), disse, nessa quarta-feira (15), que parte da tragédia que atingiu 446 municípios gaúchos foi causada pela ação do homem, que construiu em locais onde não deveria construir, em áreas de alagamento, e não fez as manutenções corretas nos diques de contenção e nas barreiras anti-alagamento. Acrescentou que essas obras, feitas nos anos 1970, nunca receberam manutenção adequada. “A culpa da enchente é do planeta. Mas a culpa da tragédia é dos administradores do estado e das cidades”.

Em entrevista à Agência Brasil, Reis afirmou que Porto Alegre é área de várzea, de confluência de rios na beira do Lago Guaíba, que alaga sempre que tem enchente. “É natural. A gente é que não deveria ter construído na área que alaga periodicamente”.

Segundo o professor, a cada dois ou três anos há alagamentos em Porto Alegre só que, desta vez, foi extremamente severo. “Nunca foi tão alto”. Ele explicou que não há como evitar que haja cheias no Guaíba. “Mas que haja enchente, há como evitar, fazendo bem feito os diques de contenção e tudo o mais”. A manutenção ou reconstrução dos diques e barragens nos rios do estado é a saída apontada pelo professor da PUCRS para evitar que novas tragédias voltem a ocorrer.

Reis lembrou que em setembro do ano passado, o estado enfrentou grande enchente. “Aí se viu que as comportas e parte dos diques não estavam funcionando. Era hora de ter arrumado. Foi uma mega-enchente. A grande veio agora. Deveríamos ter arrumado tudo de setembro para cá. Espero que desta vez aprendam, porque o custo está sendo muito alto”.

Na avaliação de Roberto Reis, chuva em excesso, causada por mudança climática, é fenômeno natural. “A cada tempo, há chuvas extremas que causam enchentes”, completou. Desta vez, contudo, ocorreu no estado a enchente mais forte de toda a história, que ele atribui, em parte, à mudança climática causada pelo excesso de gás carbônico na atmosfera. “Essa é a parte natural do evento”. O resto, para ele, é ação do homem.

Volume de chuvas

De acordo com o professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o que está provocando a grande cheia no Lago Guaíba é, basicamente, um volume muito grande de chuvas que cai na bacia do Guaíba desde o final de abril e início de maio. Essa precipitação atingiu níveis recordes, registrando, em alguns locais, até 800 milímetros.

O professor Paiva explicou à Agência Brasil que, no primeiro momento, houve cheias bem rápidas nos rios da serra, onde existem vales mais encaixados em que os volumes de água correm rapidamente e os rios se elevam com rapidez e grande amplitude. “Há casos de 20 metros de elevação em menos de um dia. Isso causou muita destruição, por exemplo, no Vale do Taquari, de novo”. Essa região sofreu grandes enchentes em setembro de 2023.

Rodrigo Paiva acrescentou que esse volume de água chega depois à região de planície, onde se espalha pelas várzeas e escoa mais lentamente. “Por isso, demora alguns dias entre a chuva na bacia hidrográfica e todo esse escoamento chegar a Porto Alegre, ao Lago Guaíba”. Desde o dia 5 de maio, observou-se um nível muito elevado do rio, atingindo recorde de 5,3 metros.

Além do corpo d’água bem grande do Lago Guaíba, tem a Laguna dos Patos, destacou o professor da UFRGS. Pelo fato de esses corpos d’água terem área superficial grande, eles estão sujeitos aos ventos. “Quando a gente tem um vento sul, isso ainda pode promover um represamento dessa água e uma elevação da ordem de 20 centímetros, ou até mais, se o vento for muito forte. Isso também ajuda um pouco na cheia do Lago Guaíba, embora o fator principal seja o grande volume das chuvas”.

Duração

Outra característica do evento é a duração, disse Rodrigo Paiva. A longa duração para baixar o nível do lago é associada à dificuldade de a água escoar nesses rios de planície, o Jacuí especialmente. “A água fica muito parada naquelas várzeas”. O professor do IPH comentou que, por outro lado, é interessante porque, se não houvesse as várzeas, o volume de água que vem das montanhas chegaria muito mais rapidamente à Grande Porto Alegre e, talvez com mais força e mais amplitude. “Se não houvesse essas várzeas, que já atuam como um reservatório natural que atenua as cheias, talvez o nível da água tivesse subido em Porto Alegre muito mais e mais rápido também”.

As consequências seriam também piores, admitiu o professor. Porque a região metropolitana de Porto Alegre está em área muito baixa, afetando cidades como Eldorado e Canoas. “As consequências seriam maiores. A inundação é grande, a profundidade, em alguns locais, atinge um metro ou dois metros, mas não há tanta velocidade da água. Já no vale, no Rio Taquari, como a profundidade é maior e é mais inclinado, a ação da água é mais destrutiva, capaz de destruir residências, arrastar coisas”, salientou Paiva.

No Dia do Agente de Limpeza, servidor da Emlur fala do orgulho por manter a cidade limpa

“Ser agente de limpeza é sinônimo de força, é trabalhar com o coração e com orgulho por manter a cidade limpa. É um trabalho importante que nos dá um sentimento de gratidão”, afirma o agente Manuel Vicente, de 60 anos. Neste Dia do Agente de Limpeza (16), a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) presta homenagem aos trabalhadores que atuam nas mais diversas frentes. Nesta sexta-feira (17), ocorrerá uma festa de comemoração a partir das 10h, na sede da Emlur, no Bairro dos Estados, sem prejuízo dos serviços à população.

Há mais de 30 anos, Manuel Vicente é agente de limpeza urbana. Anteriormente, ele trabalhava no comércio, mas foi na limpeza que ele encontrou sua vocação. “Tenho várias pessoas na minha família que desempenham essas atividades, como uma irmã, um primo e outros que já estão aposentados e que já faleceram”, conta.

Ao longo de sua trajetória, trabalhou na maior parte do tempo com a coleta de resíduos domiciliares, mas agora integra as turmas de zeladoria, no serviço de roçagem. Entre suas ferramentas de trabalho estão enxada, vassoura, carrinho de mão e tela de proteção.

Segundo Manuel Vicente, é comum receber elogios das pessoas pelo trabalho executado, principalmente pelos turistas. “Eles dizem que somos importantes e nos sentimos valorizados. Isso nos incentiva. Mas, além disso, eu também procuro incentivar os colegas mais jovens, que estão começando no ramo”, relata.

O agente de limpeza destacou que pretende continuar trabalhando por muito tempo. “Se eu sair da limpeza, eu fico doente em casa. Estou com saúde e com felicidade. Aqui, além do trabalho, eu brinco com um e com outro porque é importante ter animação dentro e fora da empresa para deixar o serviço mais prazeroso. Quando você sai de casa e tem algum problema familiar, nunca leve pro trabalho, sempre mantenha o alto-astral”, recomenda.

Do shopping para a limpeza – A jovem de 25 anos Amanda da Silva trocou o trabalho de atendente em um shopping center, no bairro de Manaíra, pela varrição nas ruas de João Pessoa. “No shopping, a gente não tinha horário certo, daí, não havia possibilidade de cursar faculdade. Meu irmão já trabalhava na limpeza urbana e sempre falava bem do serviço, então, eu enviei meu currículo para uma das empresas prestadoras da Emlur e consegui o trabalho”, diz Amanda.

A agente de limpeza, que cursa o primeiro período de Recursos Humanos, à noite, também traz no currículo o trabalho em padaria e com serviços gerais. Todos os dias, ela percorre a Avenida Beira Rio com uma marretinha, vassoura, pá e o lutocar (carrinho). “É bom trabalhar ao ar livre. Não é um trabalho pesado. Só é um pouco complicado quando chove”, pontua.

Para Amanda da Silva, ser agente de limpeza é difícil porque não é uma profissão tão valorizada, segundo ela. Contudo, é uma atividade que considera importante. “Nós cuidamos da limpeza das ruas, o que impede problemas para a saúde pública. Uma cidade limpa é algo bom para todos”, ressalta.

Ela é conhecida na área e os comerciantes locais elogiam seu trabalho. Por outro lado, Amanda enfatiza que ainda falta conscientização das pessoas sobre o correto descarte de resíduos. “Às vezes, é meio irritante encontrar coisa errada todo dia. Tem muita gente que joga lixo no chão mesmo, seja papel, copo de plástico e embalagem de comida. Têm pessoas que me veem com o carrinho, mas jogam o lixo no chão”, comenta.

Amanda da Silva se destaca não só pela qualidade de seu trabalho. Além da beleza natural, a agente de limpeza urbana só trabalha maquiada, um hábito que ela adotou quando trabalhava em shopping. “Eu sempre gostei de me maquiar. No shopping era exigência, aqui é escolha. É importante a gente estar bem, não importa o trabalho. Eu me valorizo e valorizo meu trabalho, mesmo sob sol ou chuva”, finaliza.

Equipes do Trauma-CG participam de resgate simulado com múltiplas vítimas no Parque do Povo

O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, unidade do Governo da Paraíba em Campina Grande, participa, nesta sexta-feira (17), às 7h30, no Parque do Povo, do simulado de incidente com múltiplas vítimas organizado pelos órgãos de Segurança Pública da Paraíba.

Além do Trauma-CG, integram o treinamento o Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), Defesa Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Esse simulado de incidente com múltiplas vítimas visa fortalecer a segurança e a cooperação em Campina Grande, preparando o Parque do Povo para receber mais de 2,5 milhões de pessoas durante os festejos juninos.

O resgate que será encenado no Parque do Povo é coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba e inclui combate a incêndio, busca e salvamento, contenção de pânico, inclusive com atuação do Grupamento Tático Aéreo (GTA) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, que conduzirá as ‘vítimas’ para o Hospital de Trauma de Campina Grande.

Polo Centro Histórico recebe trio Raízes Nordestinas na Duque de Caxias

A programação do São João Multicultural de João Pessoa segue promovendo o ‘esquenta’ para os festejos juninos. Nesta sexta-feira (17), o Polo Centro Histórico, no calçadão da Rua Duque de Caxias, recebe o trio Raízes Nordestinas, com o autêntico forró pé de serra. Realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), o evento vai levar ao local um trio de forró todas as sextas-feiras de maio, sempre a partir das 17h.

“A apresentação de trios de forró pé de serra no Centro Histórico faz parte da nossa estratégia de valorização desse território com vários estilos de arte e cultura. Sobretudo, no São João, nós queremos pontuar e marcar essa presença da cultura popular no nosso centro”, declara o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

Ele acrescenta que, toda sexta-feira, a Funjope leva um trio pé de serra para diversão das pessoas que já estão ali, das que chegam e que vão escutar a boa música, a música tradicional do São João. “Estamos fazendo isso no Centro Histórico, no Busto de Tamandaré e nos polos nos bairros. Isso faz parte do nosso projeto de São João”, acrescenta.

No repertório, vai ter forró tradicional com músicas de Luiz Gonzaga, Os Três do Nordeste, Flávio José, Santana, Jorge de Altinho. “Vai ser um repertório muito bem cuidado, sequenciado para trabalhar nosso São João. É isso que as pessoas querem ouvir, forró pé de serra”, conta o sanfoneiro Epitácio Raimundo da Silva, que coordena o trio Raízes Nordestinas.

“Para mim, é uma satisfação imensa sempre que temos a oportunidade de nos apresentar. Esse convite da Funjope foi uma surpresa muito agradável. Quando chega esse período de festa, nós sentimos uma alegria no coração”, afirma.

O sanfoneiro acrescenta que levar essa programação para o Centro é algo diferente. “Moro em João Pessoa há 42 anos e nunca toquei ali. Então, é uma satisfação imensa. É um local muito agradável para apresentação dos trios”.

As apresentações seguem na sexta-feira (24), com a presença do trio Forrofiando; e no dia 31, encerrando a programação do Polo Centro Histórico, será a vez do trio Porta do Sol.

Em menos de 10 dias, Prontovida realiza mais de 70 endoscopias e colonoscopias

A Prefeitura de João Pessoa segue ampliando as linhas de cuidados ofertadas na saúde da Capital, ofertando uma assistência cada vez mais especializada. Para isso, recentemente foram adquiridos novos aparelhos para a realização de exames de endoscopia e colonoscopia nas unidades hospitalares que compõem a Rede Municipal, entre eles o Hospital Municipal Prontovida, que em oito dias, realizou 72 exames da área.

Os exames começaram a ser realizados no dia 6 de maio e, até a última terça-feira (14), foram feitas 54 endoscopias e 18 colonoscopias. Do total de endoscopia, 49 exames foram em pacientes externos e cinco em pacientes internos. Já as colonoscopias, apenas uma foi em paciente internado na unidade hospitalar, as demais foram em paciente que tiveram seus exames marcados pela Central de Regulação.

Para a assistência prestada no Prontovida, a Prefeitura adquiriu aparelhos modernos, sendo três endoscópios altos e dois colonoscópios. Para o médico especialista, Danilo Carvalho a quantidade e a qualidade dos aparelhos adquiridos têm sido fundamentais para a fluidez e qualidade dos exames, além da recuperação dos pacientes.

“A Prefeitura tem ótimos aparelhos, um dos mais modernos do Brasil, que nos permite detectar as lesões mais sensíveis, mais sutis e que a gente consegue diagnosticar aqui mesmo no serviço do Prontovida. Então, o paciente que vem para cá vai receber o que tem de mais moderno na Paraíba e no Brasil, além de estar em um grande serviço, com ótimos profissionais. Então, podem vir confiando que vão estar com uma boa estrutura, com anestesista, com todo o suporte para você fazer o exame com qualidade e com um procedimento com a técnica perfeita”, destaca o coloproctologista, Danilo Carvalho.

Exames – A endoscopia é um exame de imagem que permite avaliar, diagnosticar e tratar problemas do trato gastrointestinal alto. O endoscópio é o equipamento utilizado para a realização do procedimento. Já o exame de colonoscopia é utilizado para identificar alterações, como tecidos inchados, pólipos e, até mesmo, lesões que sugiram câncer, no intestino grosso (cólon) e no reto; para o exame é utilizado o aparelho chamado colonoscópio.

Ambos os exames são feitos com o paciente sedado, para isso além da assistência do médico especializado para realizar o procedimento, o paciente também é acompanhado pelo anestesiologista e equipe multiprofissional.

Como realizar os exames – É possível solicitar exames de endoscopia e colonoscopia por meio do aplicativo ‘João Pessoa Na Palma da Mão’. Os exames são realizados nos hospitais municipais Prontovida, Ortotrauma (que também recebeu novos equipamentos) e Santa Isabel, além da rede complementar.

Para realizar a solicitação, é preciso ter o aplicativo baixado no celular. Na página inicial do app, o usuário deve clicar no banner do ‘João Pessoa Opera Mais’ e será direcionado a uma nova página onde poderá solicitar os exames. Para efetuar a solicitação, é preciso preencher todos os dados, selecionar o exame pretendido e anexar a requisição médica. Após isso, o usuário receberá a data da marcação diretamente no aplicativo.

Aplicativo – O app João Pessoa na Palma da Mão é compatível com smartphones que usam sistema operacional Android e IOS e pode ser baixado nas lojas de aplicativos Google Play ou App Store.

O aplicativo também oferta acesso a diversos outros serviços da Prefeitura de João Pessoa, incluindo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), como denúncias à Vigilância Sanitária, solicitação de vacinação domiciliar para acamados, solicitação do Cartão SUS, cadastro no Remédio em Casa, além de acompanhar o andamento de uma cirurgia já solicitada ou fazer a solicitação de um novo procedimento.

Operação Cachoeira: PF destrói 7 mil pés de maconha e prende duas pessoas em cidades da Paraíba e Ceará

A Polícia Federal e a Polícia Militar da Paraíba deflagraram, em atuação conjunta, nesta quinta-feira (16/5), a Operação Cachoeira com o objetivo de dar cumprimento a quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Cachoeira dos Índios/PB e Barro/CE, todos expedidos pela Justiça Estadual de Cajazeiras/PB.

Duas pessoas foram presas em flagrante e 7 mil pés de maconha destruídos, além de duas armas apreendidas.

 

Redação com Comunicação Social da Polícia Federal na Paraíba