Viagra: vilão ou mocinho? Disfunção erétil acomete 1/3 da população masculina

 Medicamento oral utilizado para tratar a disfunção erétil, condição que acomete 1/3 da população masculina a partir dos 40 anos, é cercado de tabus e urologista lista os principais mitos e verdades que cercam sua administração

Medicamento oral de referência para tratar a disfunção erétil, o Viagra é o nome comercial, registrado pela farmacêutica Pfizer, do componente ativo sildenafil (ou citrato de sildenafila).

Conhecido popularmente como “a pílula azul” ou “azulzinho”, chegou ao mercado em 1998 e sua importância está relacionada ao fato de que 1/3 da população masculina terá problemas eréteis, a partir dos 40 anos de idade, segundo pesquisas da Sociedade Brasileira de Urologia. Além disso, estudos norte-americanos mostram uma prevalência de disfunção erétil pelo menos leve em torno de 40% aos 40 anos e de quase 70% aos 70 anos. Para disfunção grave, as proporções são ao redor de 20% e 50%, respectivamente. Os números são parecidos no mundo todo, o que comprova que o problema é mais frequente do que se imagina.

Dados de 2014 do laboratório Pfizer mostram que os brasileiros já compraram mais de 114 milhões de comprimidos desde 1998. Segundo o laboratório, são comercializadas cerca de 11 pílulas de Viagra por minuto no país.

Não são somente os mais velhos que recorrem ao Viagra, a droga chama a atenção dos mais jovens que a utilizam para melhorar o desempenho sexual; um dos principais mitos que cercam o famoso medicamento. Segundo o Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia, Dr. Danilo Galante, é fato que há maior dureza e facilidade em iniciar (e manter) a ereção, afinal usar o Viagra em qualquer situação melhora o enchimento de sangue no corpo do pênis, mas o grande problema é o uso indiscriminado, sem orientação médica. Há riscos do uso da medicação, principalmente quando misturado a álcool, drogas ilícitas e algumas medicações.

Levando em consideração o interesse de diversas gerações no “azulzinho”e os tabus que envolvem sua administração, Galante lista os mitos e verdades sobre o assunto. Confira a seguir:

Aumentar a dosagem prolonga a ereção. MITO!

Não há melhora nesse sentido. A dose máxima de Viagra (sildenafila) é 100mg. Tomar uma dose maior do que essa só provoca efeitos colaterais, como cefaleia e aceleração da frequência cardíaca.

A droga é um afrodisíaco! MITO!

Não há interferência do Viagra no desejo sexual (libido). Sem estímulos adequados, a ereção não vai acontecer. O medicamento é apenas um facilitador desse processo ao estimular a vasodilatação sanguínea.

Meia dose “só para fazer uma graça” faz efeito. MITO!

Nenhuma mudança relevante tende a acontecer na ereção em caso de ingestão de uma dosagem mais baixa.

Pode ser consumido um pouco antes da relação sexual. MITO! 

Para que aconteça o efeito desejado, o Viagra deve ser ingerido ao menos uma hora antes da relação, de preferência com o estômago vazio e acompanhado de um copo de água, já que o medicamento é hidrossolúvel. Para a tadalafila (Cialis)- outra medicação,  30 minutos são suficientes.

Resolve o problema da ejaculação precoce. MITO! 

É falso, pois a ejaculação precoce trata-se de um problema que exige tratamento específico, normalmente com terapia sexual.

Pode causar a morte se usado com frequência. MITO! 

Não há qualquer tipo de risco ao se realizar o uso diário do medicamento, na dosagem adequada.

Não é todo homem que pode tomar! VERDADE! 

Há contraindicações aos homens que usam regularmente medicações para tratar insuficiência cardíaca, sob o risco de queda severa na pressão arterial e infarto. Aos pacientes com doença da retina, recomenda-se consultar o oftalmologista sobre eventuais riscos. Já aqueles que possuem problemas cardíacos crônicos, devem evitar a pílula azul, visto que as relações sexuais são exercícios físicos de alta intensidade. Vale ressaltar ainda que não há contraindicações para hipertensos, pois o citrato de sildenafila tem como um dos efeitos a diminuição da pressão arterial.

Existem efeitos adversos temporários. VERDADE! 

Embora não sejam comuns, possíveis sintomas decorrentes do uso podem surgir: visão turva, ardência dos olhos, dor de cabeça, congestão nasal, tonturas leves. O efeito colateral mais frequente é o rubor facial.

 

Médico Danilo Galante

Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP. Doutorado em urologia pela USP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery. Membro Titular da Sociedade Brasileira  de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site: https://drdanilogalante.com.br/

 

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Fonte: Caroline Carpi/Equipe Agência Contato Comunicação

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