Equipes lutam para conter queimadas no pantanal

Equipes tentam controlar as chamas que se espalharam pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; focos de calor foram reduzidos, mas área afetada ainda é grande.

As equipes de bombeiros de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul continuam lutando contra o incêndio na região do Pantanal, em uma operação que teve início na primeira semana de agosto. O governo de Mato Grosso estima que uma área de 204 mil hectares já tenha sido atingida pelo fogo nos municípios de Barão de Melgaço e Poconé.

Os números do estado vizinho são mais abrangentes. Segundo o Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul (CBMS), foram 910 mil hectares de vegetação do Pantanal, no lado sul-mato-grossense, queimados entre janeiro e agosto. No mesmo período, 640 mil hectares teriam sido destruídos pelo fogo no estado vizinho. “São 1,55 milhão de hectares de vegetação atingida pelo fogo no Bioma Pantanal em 2020”, disse o tenente-coronel Moreira, do CBMS.

De acordo com Moreira, os focos atualmente se concentram em três áreas, no Sesc Pantanal, no Mato Grosso; em Corumbá e na terra indígena Kadweus. Segundo A coordenadora do Centro Estadual de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul, Franciane Rodrigues, há possibilidades de chuva na região nesta semana.

A Operação Pantanal II, feita em conjunto entre os governos dos dois estados e do governo federal, reduziu de 301 para 50 o número de focos de incêndio na região. Já os focos de calor caíram 73%. Segundo levantamento realizado na última sexta-feira (14) os focos de calor passaram de 1.370, registrados no dia 7 de agosto, para 368.

Além disso, o Comitê de Gestão Estadual do Fogo, de Mato Grosso, mobilizou uma força-tarefa para prestar atendimento aos animais silvestres atingidos pelos incêndios. O grupo seguiu ontem (15) para a região atingida e vai elaborar um plano de contingência. O grupo é formado pela Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros Militar, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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